Secretaria da Agricultura apresenta o Projeto AgroConsciente às entidades do setor agrícola
O secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, apresentou na última quarta-feira às entidades do setor agropecuário e técnicos e pesquisadores, o novo projeto AgroConsciente, a ser executado pelas empresas vinculadas a Secretaria da Agricultura – Epagri, Cidasc e Ceasa.
O projeto já anunciado pelo governador Carlos Moisés, no último dia 27, por ocasião das festividades de aniversário de 28 anos da Epagri, objetiva reunir esforços entre empresas do governo na área agrícola, para estabelecer uma nova política de produção consciente de produtos agropecuários no Estado.
O secretário disse que a proposta não é questionar ou contestar o sistema de produção atual, se é com agroquímicos ou orgânicos, mas sim motivar os atores do setor que é possível produzir de outras formas, sem prejuízo do sistema convencional praticado atualmente.
“Santa Catarina tem sido protagonista em vários setores, somos destaque internacional pela qualidade dos nossos produtos e agora temos um novo desafio. Nossa agricultura é altamente tecnificada, nossos produtores são extremamente dedicados e a produção AgroConsciente será a nova marca do agronegócio catarinense”, destacou o secretário.
O Programa contempla a produção de alimentos convencionais e, também, o sistema orgânico e agroecológico, com ações específicas para fomentar os projetos agroconscientes, a capacitação de agricultores, fiscalização do comércio e uso irregular de agrotóxicos e lançamento de pesquisas e tecnologias.
Durante a reunião os representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc); Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro); Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) ressaltaram a importância do alinhamento de ações junto à iniciativa privada para que o AgroConsciente ganhe ainda mais força.
“Vimos algumas ações que já estão sendo executadas em Santa Catarina. Esse é um projeto amplo, com resultados a longo prazo e que passa pela conscientização dos produtores e de toda cadeia produtiva”, afirmou o diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos.
Na apresentação da proposta técnicos da Epagri mostraram as diversas formas de trabalho que serão desenvolvidos junto aos produtores rurais, ficando evidente que já vem sendo feito pela empresa ações nesse sentido, quantificando números expressivos nas atividades estratégicas da Epagri.
Por sua vez os técnicos da Cidasc, apresentaram as ações e trabalhos que desenvolvem no controle de transporte, armazenagem e uso de agrotóxicos, ressaltando que o sistema atualmente utilizado pelos produtores segue regras legais estabelecidas pelos órgãos competentes, e cabe a Cidasc fiscalizar o uso adequado dos produtos registrados.
No projeto, caberá a Ceasa coordenar a comercialização dos produtos advindos da produção AgroConsciente com programas especiais de apoio a serem desenvolvidos na empresa nas Centrais de em São José, Tubarão, Blumenau e Joinville.
O projeto apresentado pelo secretário demostra claramente que ele é uma reunião de ações das três entidades coordenadas pela Secretaria da Agricultura, visando atender as diretrizes do atual governo de se buscar alternativas para evitar o uso exagerados de defensivos agrícolas e, progressivamente, avançar em outras formas de produção.
As entidades do setor agropecuário presentes se pronunciaram recomendando pela intenção de se buscar alternativas e uso consciente do sistema de produção, porém, sem criar divisões dos contra ou a favor dos agrotóxicos, nem se é orgânico ou não. Há necessidade um processo de conscientização das alternativas existentes, deixando fluir normalmente o processo liberando que o produtor escolha sua melhor opção, dentro das regras legais existentes.
As entidades do setor propuseram parceria entre entidades públicas e privadas na conscientização dos produtores sobre o projeto considerando que os resultados serão de médios e longos prazos, sempre respeitando o sistema atual e que qualquer mudança sempre leve em consideração os resultados econômicos das atividades agropecuárias.
Fonte: Fecoagro