Mudança na lista de ações para fortalecer vinho brasileiro

Reivindicação antiga, a ampliação do limite de crédito individual de produtores em linha de custeio e industrialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi autorizada pelo conselho monetário. Com a alteração, o teto para pessoa física ou associado de cooperativa passa de R$ 12 mil para R$ 45 mil.

Apesar de não ser novo, o pedido foi reforçado pelo setor vitivinícola após fechamento do acordo entre Mercosul e União Europeia. O objetivo é ganhar competitividade para tentar fazer frente aos produtos importados que entrarão no mercado brasileiro.

– Esse limite maior dá mais acesso às cooperativas ao juro subsidiado. Surgiu como demanda do vinho, mas foi ampliado para todas as cooperativas – afirma Fernando Schwanke, secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura.

Diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Helio Marchioro entende que a modificação ajuda muito:

– Aquele valor não resolvia. Um produtor, com três hectares, por exemplo, com 20 mil quilos de uva por hectare, mesmo faturando R$ 60 mil por ano, considerando o valor mínimo da fruta, só podia ter acesso a R$ 12 mil.

Presidente da cooperativa Garibaldi e integrante da Fecovinho, Oscar Ló compartilha a avaliação de Marchioro. Diz que a modificação é benéfica e aguardada pelo setor.

Mas ambos tinham expectativa de que houvesse aumento também do teto global das cooperativas, mantido em R$ 15 milhões para as singulares, e em R$ 30 milhões para as centrais.

– Vamos tentar rever essa questão com a Agricultura – sinaliza o diretor-executivo da Fecovinho.

Em relação ao acordo, outra ação esperada é a criação do fundo de desenvolvimento da vitivinicultura, que deve sair até o final deste ano.

Fonte: Zero Hora por Gisele Loeblein

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