Cidades paranaenses retornam ao calendário da Raça após hiato sem provas

O último final de semana reservou à agenda crioulista um retorno de cidades que estavam há algum tempo sem realizar eventos oficiais. Terceiro maior estado em número de animais registrados, o Paraná vem mostrando um grande potencial de criatórios. Recentemente contamos a história do Núcleo Caminho das Tropas, que acaba de completar uma década de atividades ininterruptas. Lapa, Londrina e Pato Branco também são exemplos de cidades da região que marcam presença incansável no calendário da raça. Incentivados por estes sucessos, núcleos que registravam grande hiato na realização de provas voltam à ativa e apresentam números consideráveis de animais admitidos – comprovando sua importância para os criadores da região.

Há mais de uma década sem realizar credenciadoras
Depois de sediar uma Passaporte Nível B no último ano, a cidade de Guarapuava não mediu esforços para seguir atraindo mais interessados pela Raça Crioula. Comprovando sua importância para a região do Paraná, o município sediou uma credenciadora após um hiato de 13 anos sem realizar a prova, admitindo 17 animais. No mesmo final de semana a cidade também realizou Freio Jovem, Freio Proprietário, Julgamento Morfológico, somando mais 82 animais à sumula do evento. Marcelo Cunha, presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos da cidade, ficou contente com o resultado do evento que integrou a Feira Agropecuária de Negócios de Guarapuava.

Crioulaço e palestra marcam volta à ativa e incentivam criadores
No oeste do mesmo estado, a cidade de Matelândia realizou Crioulaço após dois anos de inatividade do Núcleo de Criadores do Oeste Paranaense. O último evento oficial havia sido organizado na cidade de Cascavel, em setembro de 2016. Assim que Rafael Cerri assumiu a atual presidência do Núcleo, em junho deste ano, percebeu a necessidade de realização de eventos oficiais da Raça. A escolha pela prova foi fácil: “O Crioulaço foi a primeira opção pois é um esporte muito praticado na região”, disse. Neste cenário, o evento de reestreia admitiu 14 duplas e atendeu às expectativas dos organizadores.

A energia da retomada de atividades também foi importante para os criadores da região. Na ocasião, o veterinário e técnico da ABCCC, Rodrigo Teixeira, realizou uma fala à cerca de 30 inscritos presentes. Questões como julgamento, critérios de criação, mercado e usuários do cavalo, foram pauta da palestra que, de acordo com o ministrante, teve um feedback bastante positivo. Para ele, a intenção foi levar motivação à região, que geograficamente tem localização distante quando comparada às regiões mais ativas com a raça. “É uma região de bastante esporte, então carece de um acompanhamento técnico mais próximo”, acredita Rodrigo, afirmando que pretende seguir os visitando para atende-los e mantê-los felizes com o cavalo.

Para este ano, o Núcleo do Oeste Paranaense pretende realizar diversas reuniões para levantar saldos e projetar o calendário de 2020 – já com a finalidade de incluir mais provas oficiais. A ideia, de acordo com o presidente, é fomentar mais eventos, já que a região os criadores com potencial e maior número de animais em cria são reduzidos. “Temos pequenos criadores em maior quantidade e uma gama de usuários muito grande. Com o trabalho do Núcleo pretendemos ajudar crescer mais ainda”.

Fonte: Juliana Rosa/ABCCC

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