Produtores definem durante reunião da Câmara Setorial da Olivicultura que vão fazer georreferenciamento dos olivais do RS
O setor produtivo pode conhecer como estão os andamentos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para conter danos pela deriva na utilização inadequada do 2,4-D na reunião da Câmara Setorial da Olivicultura, realizada nesta quinta-feira (10) na sede da Seapdr, em Porto Alegre.
O chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários, Rafael Friedrich de Lima, explicou o conteúdo das quatro Instruções Normativas publicadas pela Secretaria para regular o uso do agrotóxico, com a instituição de cadastro de aplicadores, de culturas sensíveis e regularização da venda orientada destes produtos. De acordo com o coordenador da Câmara Setorial, Paulo Lipp, conhecer os detalhes das ações tomadas a respeito da deriva de 2,4-D era uma demanda dos olivicultores, uma vez que esta foi uma das culturas atingidas pela deriva do produto em 2018.
Durante a reunião, os produtores definiram que vão levantar o georreferenciamento dos olivais do Estado para integrar ao cadastro de culturas sensíveis da Secretaria, de forma a facilitar o monitoramento de possíveis derivas.
Projeto de pesquisa
O professor Gustavo Brunetto, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), apresentou aos representantes da cadeia produtiva o projeto de pesquisa elaborado a partir de demandas do setor, que pesquisará estratégias de viabilização da cultura da oliva no sul do país. Composto por seis subprojetos, o objetivo é investigar aspectos sobre o solo, cultivares, práticas de manejo e adubação, manejo de floração, controle de pragas e doenças e qualidade da oliva e de azeites. “São mais de 50 profissionais de diversas instituições, como a Secretaria, UFSM, Unipampa (Universidade Federal do Pampa), IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul), UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), entre outras, para potencializar e qualificar a produção”, destacou Brunetto.
O projeto passa, agora, por captação de recursos no montante de R$ 2,5 milhões para poder sair do papel.