BRDE libera R$ 257 milhões para cooperativas até agosto

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) financiou, só de janeiro a agosto deste ano, R$ 257 milhões às cooperativas paranaenses e seus cooperados. Com 60% de sua carteira vocacionada para agricultores e agroindústrias, o banco, mesmo atuando somente nos três estados do Sul, é o maior operador do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para agregação de valor à produção agropecuária (Prodecoop), do BNDES.

Além deste, o BRDE também financia cooperativas por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), criado também pelo BNDES. De janeiro a agosto de 2019, o BRDE financiou R$ 169 milhões por meio dessas duas linhas de crédito.

“O acesso coletivo às linhas de crédito permite que os agricultores associados a cooperativas se fortaleçam com segurança, através da economia de escala”, diz o diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski. “Com o apoio das cooperativas, o pequeno produtor rural cooperado consegue, por exemplo, exportar parte de sua produção, chegando a mercados que nunca chegaria, caso atuasse sozinho”, ressalta ele.

O apoio do BRDE contribui para o desempenho das cooperativas que, cada ano, reforçam a posição de destaque na economia do Paraná. Segundo dados do Sistema Ocepar elas faturaram R$ 41 bilhões no primeiro semestre de 2019. O número representa um crescimento de 8% em relação aos seis primeiros meses de 2017 e 2018. As 222 cooperativas registradas no Sistema Ocepar ainda contabilizaram altas de 1,3% nos ativos, 9,56% no número de funcionários e 12% no número de cooperados, além de sobras de R$ 1,7 bilhão (crescimento de 58,9%).

A previsão do setor é investir R$ 2,14 bilhões na safra 2019/2020, sendo que 56% desse montante será em agroindústria, 34% em infraestrutura e 11% em serviços estratégicos. “Parte dos recursos para investimentos será tomado junto a instituições financeiras, entre as quais o BRDE, que vem sendo um parceiro importante do setor cooperativista em sua rota de crescimento”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Ao organizar as atividades dos produtores, as cooperativas permitem, ainda, melhores condições em todas as etapas do processo de produção. “A liquidez propiciada pelos recursos de longo prazo do BRDE reforça o poder financeiro dos produtores e cooperativas para compra de insumos com antecedência, para redução de custos. Além da importância de suportar gastos e redução de receitas nos períodos de entressafras”, conclui Wilson Bley.

Linhas de crédito apoiam cooperativas e produtores – pelo Prodecoop, as cooperativas e cooperados têm acesso a crédito para estudos e projetos, aquisição, transferência e absorção de tecnologia; obras civis e outros investimentos fixos, despesas de importação, capital de giro e projetos de industrialização de produtos prontos para o consumo humano.

Já o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) financia projetos de ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças, fibras e açúcar. O programa apoia cooperativas e produtores rurais, sendo pessoas físicas ou jurídicas.

Fonte: imprensa Sistema Ocepar

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