Abertura Oficial da Expointer conta com pedidos para desburocratização e defesa dos produtores, diz Farsul

A Abertura Oficial e Desfile dos Grandes Campeões da Expointer consolidou o evento como uma arena para encontros políticos e busca de soluções para os problemas enfrentados pelos diversos setores do agronegócio. O endividamento dos produtores de arroz e a necessidade de desburocratizar e desinchar a máquina estatal foram temas abordados durante a cerimônia que contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, governador Eduardo Leite, presidente da CNA, João Martins, presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, além de parlamentares e presidentes de entidades ligadas ao agronegócio.

Durante a cerimônia foi realizada a entrega da Comenda Assis Brasil ao economista Antônio da Luz, chefe da Divisão de Estudos Avançados e Inovação do Senar-RS, à jornalista Lizemara Prates e à engenheira agrônoma Anna Quinto di Camelli.

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, falou sobre a contribuição do agronegócio para a economia e reiterou a necessidade de reformas para diminuir o peso da máquina pública: “Temos que achar soluções. Quando chegamos ao ponto em que o que os produtores rurais investem na Expointer em sete dias, o Estado leva seis anos para fazer o mesmo investimento. O senhor herdou um Estado inchado e paquiderme que precisa ser corrigido”, disse Gedeão, dirigindo-se ao governador do RS Eduardo Leite.

O governador do RS, Eduardo Leite, garantiu que está trabalhando na direção da redução da burocracia: “Algumas situações setoriais merecem atenção, como é o caso do Leite e do Arroz. Mas o que mais precisamos, como governo, é dar espaço para quem empreende para que possam ganhar mercado. Precisamos reduzir os custos de produção e estamos fortemente comprometidos com a pauta de redução de burocracia e dos custos tributários, da simplificação e redução da carga tributária, da redução da máquina pública, porque o custo dos impostos é diretamente relacionado ao tamanho da máquina pública”, disse o governador.

A ministra da Agricultura Tereza Cristina, apesar de não ter trazido o esperado alívio para o endividamento dos produtores de arroz, se disse confiante de que as crises pelas quais alguns segmentos do setor rural estão passando são passageiras: 

“É o campo que alimenta as cidades. E aqui, nesta feira, é quando o campo pode mostrar à cidade o que ele faz e espera o reconhecimento da sociedade, que tem comida barata no seu prato graças ao trabalho dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. Vamos sofrer ataques por causa da nossa grandiosidade, mas vendo aqui Banco do Brasil, Senar, Farsul, Sicredi, todos os parceiros desta feira, vemos que a crise para nós é passageira”, afirma a ministra.

O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, comentou as críticas que o setor vem recebendo em relação às questões ambientais e classificou as críticas pelo seu cunho ideológico e relacionado a interesses mercadológicos internacionais:

“O produtor não só respeita como promove o meio ambiente porque ao desenvolvermos uma tecnologia que é só nossa e que foi criada neste país, que é a tecnologia do plantio direto. Se protege as palhadas porque as palhadas são a base da agricultura moderna que se exerce no Brasil”, lembrou Gedeão.

 
Fonte: Sistema Farsul 
Foto: André Feltes

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