Final do Freio Proprietário 2024 recebe participação especial chilena
“Estoy encantada, es un animal excepcional” relata a integrante da Escuadra Ecuestre de Amazonas de La Tradición Chilena, Romané Soto Castro, sobre a égua gateada finalista do Freio de Ouro 2024, Napinda da Quinta, qual teve a oportunidade de montar e apresentar-se durante a Final do Freio do Proprietário, realizada na Arena Coberta do Cavalo Crioulo, em Esteio, Rio Grande do Sul, entre os dias 25 a 28 de setembro. A modalidade simbolizada pela grande variedade de regiões brasileiras dos competidores, já conta tradicionalmente com a participação dos conjuntos uruguaios habilitados. Convite feito pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, a ABCCC, e aceito pela Federação Chilena de Criadores de Cavalos Crioulos, onde Romané realizou sua apresentação entre os 178 conjuntos que participaram da final, na Categoria Master B, como Participação Especial, a qual não pontuou ou disputou diretamente junto com os classificados do ciclo.
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Romané Soto Castro conduzindo Napinda da Quinta durante a apresentação especial
A integração e troca cultural é o grande foco da modalidade, como explica o vice-presidente de Provas Esportivas, Fernando Gonzalez, “Nossa modalidade por si só já garante uma grande versatilidade de culturas, agregar ainda mais nacionalidades garante nossa proposta e troca realizada nas Finais. Esse ano, tivemos a oportunidade de trazer mais uma representante para conhecer as provas. Acreditamos que seja o start para ainda mais parcerias e participacões“. A troca vai além, trazendo empatia entre competidores, criadores e países, como ressalta a criadora e proprietária de Napinda da Quinta, Dinah Moraes Druck, “Quando disponibilizamos a Napinda para a competidora chilena, não imaginávamos o tanto que ficaríamos felizes. Houve empatia imediata entre a Romané e a Napinda. E quando nos conhecemos pessoalmente, também. Nos encheu de satisfação em poder ajudar na reaproximação com os chilenos. Nossos cavalos são os mesmos, o gosto por esportes a cavalo também. Temos muito ainda para compartilhar e aprender, tomara que aconteçam mais eventos assim, aqui ou no Chile. A vinda dos dirigentes da Federação Chilena e o fato de podermos interagir com eles nos honrou muito, enfim, não é só sobre cavalos!”.
Andréa Castagnoli, Diretora da Federação de Criadores de Cavalos Chilenos, destaca sobre a presença no Cenário Master da Raça Crioula do Brasil: “estamos aqui a convite da associação brasileira, para nós chilenos, é super importante, pois sabemos da grande ligação dos dois países em suas raízes da criação. Temos algo parecido no Chile, uma final da copa de criadores, uma funcional e uma de exposições. Estamos muito felizes de estar aqui, e temos a sorte de ter sido convidadas para participar e estar junto deste grande evento brasileiro“.
Da Esquadra Tradicional Chilena à Arena do Cavalo Crioulo
“Para nós chilenos o mais importante é resgatar e manter as tradições. Participo há muitos anos, desde que se fundou a Esquadra de Tradição das Amazonas Chilenas, a diretora Alice Gonçales, éramos seis, hoje somos mais de vinte mulheres, participamos nos apresentando em outros países, como México, espero poder vir ao Brasil se apresentar“, relata a amazona chilena. Ela que usou as mesmas vestes tradicionais nas apresentações para entrar em pista, “Única peça que não estou usando são as esporas chilenas, pois são bem grandes e fazem bastante barulho, como és uma égua muito sensível, optei por não usá-las”.
Intensivamente foram apenas quatro dias para o conjunto conhecer-se e adaptar-se, Soto destaca os principais pontos, entre a prova que é parecida nos dois países, mas a grande diferença está nos Cavalos: “O circuito é parecido, mas a diferença é muito grande entre os cavalos, no Chile estamos acostumados com embocaduras (freios) maiores e com mais contato, e os cavalos crioulos brasileiros são animais muito rápidos, muito sensíveis, ágeis de patas, encontrar animais com essas características no Chile é muito difícil“. Após a entrada em pista, Romane contou que outro ponto que precisou adaptar-se foi ao uso da “rienda”, (rédeas), devido a competição exigir o uso de apenas de uma das mãos na condução do animal, enquanto no Chile durante as apresentações se usa as duas.
“Vim feliz, me emprestaram essa égua que está fantástica para entrar nessa pista maravilhosa. É uma experiência única, estou aqui para desfrutar“, conta a competidora que apresentou-se muito bem, conquistando placas pretas em algumas etapas. Soto contou com a hospitalidade e orientações de Thomas Gonçalves, ginete do Freio de Ouro.
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Fonte: ABCCC