Clima pode atrasar início do plantio de soja no Estado

Com a proximidade do fim do vazio sanitário, que, no Rio Grande do Sul, encerra-se no dia 30 de setembro, aumentam as expectativas sobre o início do plantio de soja no Estado. A previsão de tempo mais seco, porém, pode atrasar a semeadura para o fim de outubro ou mesmo início de novembro, segundo especialistas. 

“Alguns mapas (de tempo) estão apontando para um (mês) de outubro mais seco no Rio Grande do Sul. Isso pode retardar um pouco o plantio para o fim de outubro ou início de novembro, ou seja, mais atrasado frente aos últimos anos”, prevê o analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.

Segundo Roque,o plantio de soja, no Estado, inicia, geralmente, na segunda quinzena de outubro. “Se as chuvas demorarem a chegar, é possível que tenhamos uma área menor de soja no Rio Grande do Sul do que é a estimada inicialmente, porque a janela ficará mais apertada”, explica.

Neste ano, o Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde o início da atual série histórica, em 1950, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O problema de seca se estende por 5 milhões de quilômetros quadrados – 58% do território nacional e 500 mil a mais do que em 2015.

A região central do País já sente os efeitos da estiagem. Conforme o boletim semanal divulgado no início deste mês pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as previsões climáticas para os próximos meses ainda não indicam grandes volumes de chuva na região, o que poderá impactar no ritmo da semeadura no início da safra e, também, o potencial produtivo das áreas semeadas precocemente, visto a menor umidade do solo.

“A maior parte dos produtores de Mato Grosso tendem a aguardar a normalização das chuvas para iniciar os trabalhos no campo, a fim de minimizar os riscos de perda e problemas com o desenvolvimento inicial das lavouras”, aponta o documento.

Segundo Roque, movimento semelhante pode acontecer no Estado, visto que os mapas meteorológicos apontam que o clima deve ser mais seco no Rio Grande do Sul nos próximos meses, com os níveis de chuva voltando a se normalizar apenas em dezembro.

Fonte: Jornal do Comércio

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