Jaguarão sediará Abertura Oficial da Colheita do Milho em fevereiro

A abertura da colheita do milho para a safra 2022/2023 já tem local e data marcados: será em 1º de fevereiro de 2023, em Jaguarão, na Fazenda São Francisco. A informação foi divulgada durante reunião da Câmara Setorial do Milho, realizada de forma híbrida na manhã desta segunda-feira (05/12) na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“A data e o local da abertura oficial foram definidos por grupo de trabalho dentro da Câmara Setorial, com o objetivo de divulgar o trabalho que vem sendo feito para o estímulo e desenvolvimento da cultura do milho na Metade Sul do Estado. Especialmente em regiões de terras baixas, que têm aplicado com sucesso a tecnologia de sulco-camalhão da Embrapa”, explicou o secretário Domingos Velho Lopes.

A tecnologia de sulco-camalhão estabelece uma zona de cultivo com solo mais profundo e descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. Os sulcos possibilitam a irrigação e drenagem da lavoura.

O presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS), Ricardo Meneghetti, destacou o retorno da abertura presencial da colheita da safra do milho após dois anos de pandemia, com a oportunidade de demonstrar o sucesso na aplicação do sulco-camalhão. “A tecnologia está se mostrando muito viável, saindo da área experimental. Acredito que conseguiremos ter o Rio Grande do Sul autossuficiente em milho com essa tecnologia, fazendo com que a Metade Sul entre definitivamente na produção desse grão”, frisou.

La Niña deve perder força a partir de janeiro

O coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Seapdr, Flavio Varone, apresentou o prognóstico climático para os próximos meses, destacando que as chuvas foram abaixo da média nos meses de setembro, outubro e novembro.

“A chuva veio diminuindo nos últimos três meses em todo o Estado, com eventos isolados de mais precipitação. A tendência é de redução de chuva na primavera, mas sem reflexos graves no balanço hídrico, que se mantém dentro da normalidade”, contou.

Varone alerta para a elevação das temperaturas no final do ano, causando evapotranspiração que pode prejudicar o balanço hídrico. “A partir de agora é que a situação fica mais preocupante, porque as chuvas diminuem, mas as temperaturas vão ficar em elevação”, ponderou.

No entanto, os modelos meteorológicos apontam para uma perda de força do efeito La Ninã a partir de janeiro, tendendo para a normalidade. “O La Niña deve perder força no início de 2023, mas ainda vamos sentir seus reflexos, principalmente ao longo do mês de dezembro”, contou Varone.

O meteorologista informou que não há previsão de uma estiagem ampla, como no ano passado, mas estiagens localizadas em determinadas regiões do Estado, que são comuns no verão. “A pior situação será em dezembro. Mas alguns modelos que consultamos preveem chuva boa em janeiro e fevereiro, que é quando está prevista a redução da força do La Niña. Outro ponto é que, na estiagem anterior, experimentamos ondas de calor muito intensas e extensas. Com a perda da força do La Niña, a tendência é termos ondas de calor mais localizadas e menos extensas, dentro da normalidade”, finalizou.

A reunião contou com representantes das seguintes entidades: Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Apromilho-RS, Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater/RS-Ascar, Embrapa, Famurs, Farsul, Fundesa, IBGE, Irga, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Sindilat.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

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