Exposição fotográfica do projeto “Influência” é a primeira após a reabertura do segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre
O segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre (RS) vai receber a primeira exposição fotográfica após a sua reabertura. De 16 de setembro a 3 de outubro de 2022, o fotógrafo Eduardo Rocha vai apresentar 30 recriações históricas captadas ao longo de quatro anos para a produção do livro Influência, que conta a história da formação cultural dos gaúchos, sob o olhar da equitação crioula. O público poderá visitar gratuitamente o local e terá uma prévia do conteúdo fotográfico da obra de autoria do pesquisador Henrique Fagundes da Costa e que será lançada em novembro.
A mostra conta com fotografias produzidas exclusivamente para a obra. “Para tal, buscamos referências na literatura e ilustrações de época, para recriar cenas da cultura gaúcha com a utilização de vestuário e peças originais, dignas de museus, para dar toda a veracidade que buscamos representar”, explica Eduardo. Resultado de dezoito anos de ininterrupta pesquisa a narrativa do livro faz uma revisão de acontecimentos da história de gaúchos e gaúchas culminando num relato conciso, baseado em meticulosa pesquisa e enriquecido com fragmentos de textos com suas grafias originais. Com arrojado projeto gráfico, oferece um conteúdo com uma grande carga cultural, valorizando o regionalismo e o culto às tradições gaúchas e dando novas perspectivas às novas gerações.
O projeto Influência alia a escrita, a imagem e os meios digitais (https://www.influencia.art.br) na narração de cenas basilares, que culminaram na formação da identidade gaúcha. O patrocínio é da Vital Alimentos e a produção cultural da Magali Produções.
Eduardo Rocha
Nasceu na fronteira, em Dom Pedrito/RS, divisa do Brasil com o Uruguai, vem da amplidão do Pampa gaúcho, onde se unem duas pátrias. Fez dessa vastidão e de sua intimidade a matéria prima para sua arte. O homem, o cavalo, a natureza, as marcas ancestrais do tempo. Fotógrafo e publicitário, mas sobretudo um olhar aguçado para as coisas essenciais da terra e sua gente. Andou por países como Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Canadá, África do Sul, Estados Unidos e Mongólia. Fez, nesses lugares, retratos que revelam sua essência: assombro e acolhimento do homem diante da força e do útero do ambiente. Faz também da fotografia um movimento. Dedica-se à pesquisa e opera nos diferentes meios digitais, com criação, edição e produção. Move-se pela busca constante por imagens e reflexos do que é mais fundamental: o homem diante de si mesmo, do outro, da natureza.