Produção de inverno no RS deve ultrapassar 5 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de inverno recorde no Rio Grande do Sul deve ter 5,22 milhões de toneladas de grãos. A previsão é ainda maior do que a divulgada pela Emater-RS em junho, que calculava a maior safra de inverno da história no Estado com 5,06 milhões de toneladas.

O levantamento leva em conta, além do trigo, que é o principal grão de inverno gaúcho, as culturas de aveia, canola, cevada, sorgo e triticale. Caso se confirme, a estimativa de 5,22 milhões de toneladas representa um crescimento de 14,4% em relação à safra de 2021, quando o Estado colheu 4,56 milhões de toneladas. Com o resultado, o Rio Grande do Sul deve concentrar 46,8% do total da produção nacional de inverno.

Apenas o trigo deve render 4,187 milhões de toneladas. O número representa uma alta de quase 20% em relação às 3,49 milhões de toneladas colhidas em 2021 (Conab) e de 99% em relação às 2,1 milhões de toneladas da safra de 2020 (Emater).

Ainda segundo o levantamento da Conab, a área de trigo deste ano está calculada em 1,42 milhão de hectares, avanço de 22,3% em relação aos 1,16 milhão de hectares do ano passado e de 49% em relação aos 954 mil hectares plantados em 2020.

De forma geral, as culturas de inverno devem ter um avanço de 15,8%, com área total de 1,86 milhão de hectares, ante 1,6 milhão de hectares no ano passado.

A Companhia também divulgou nova atualização da safra 2021/2022 de verão, com perdas estimadas em 41,2% em decorrência da forte estiagem que atingiu o Estado a partir da primavera do ano passado. A produção foi fixada em 19,747 milhões de toneladas, ante 33,559 milhões de toneladas na safra anterior (2020/2021).

A maior quebra de lavoura ocorreu na principal cultura do Rio Grande do Sul: a soja.

As perdas estimadas pela Conab são de 56,2% da produção estadual, caindo de 20,787 mi/ton em 2020/21 para 9,111 mi/ton em 2021/22.

O milho também sofreu bastante com a seca. A cultura registra quebra de 33,9% e queda de produção de 4,39 mi/ton na safra 20/21 para 2,9 mi/ton na colheita do último verão.

As demais culturas também sofreram com o déficit hídrico. O arroz tem produção estimada em 7,65 mi/ton (-7,5%) e o feijão deve ter colheita de 42,7 mil toneladas (-25,3%) na 1ª safra e 25,2 mil toneladas (-9,0%) na 2ª safra.

A seca derrubou a produtividade em todas as lavouras: -58,3% na soja, -35,7% no milho, -11,3% no feijão 2ª safra, -11% no feijão 1ª safra e -8,6% no arroz.

Fonte: Jornal do Comércio

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