Exportação de milho cai quase 20% em volume e receita em 2020

De acordo com diretor da SIM Consult, o recuo dos embarques foi causado pela baixa disponibilidade do cereal no Brasil

O Brasil exportou 34,67 milhões de toneladas de milho em 2020, de acordo com o Comex Stat, do Ministério da Economia. Isso representa queda de 18,9% em relação ao volume embarcado em 2019, que chegou a 42,752 milhões de toneladas. Em receita, o recuo foi de 18,8%, ficando em US$ 5,916 bilhões no ano passado, contra US$ 7,289 bilhões no anterior.

De acordo com o diretor da SIM Consult, Liones Severo, a queda significativa nos embarques se deve à baixa disponibilidade do cereal, efeito das quebras registradas no ano passado por conta da estiagem. “A safra não foi do tamanho que se falava, então houve uma escassez muito grande no mercado interno, o que também fez os preços baterem recordes”, diz.

Severo reforça que as cotações subiram de forma a garantir que o milho ficasse no Brasil para abastecer principalmente a indústria de proteína animal, que registrou exportações bastante aquecidas em 2020.

Em sua análise, o diretor da SIM Consult destaca que países como Ucrânia e Argentina têm tomado medidas para garantir o abastecimento em seus mercados. “Existe uma carência de produção no mundo”, afirma.

Por dentro dos números

Neste ano, o principal destino do cereal brasileiro foi o Irã, com 4,43 milhões de toneladas exportadas e US$ 760,6 milhões faturados. Na sequência, vem o Japão (4,3 milhões de toneladas) e o Vietnã (3,7 milhões de toneladas).

Mato Grosso liderou nos embarques, tendo enviado ao exterior 27,7 milhões de toneladas, o que equivale a 62,5% do exportado pelo Brasil no ano passado. Em seguida, em volume, aparecem Goiás (3,9 milhões de toneladas) e Mato Grosso do Sul (1,9 milhões de toneladas). Em receita, o Paraná fica à frente de Mato Grosso do Sul, com US$ 332,8 milhões contra US$ 320,9 milhões.

Importações de milho

No ano passado, o Brasil comprou 1,4 milhão de toneladas de milho do exterior, queda de 6% em relação às 1,5 milhões adquiridas em 2019. Em receita, no entanto, o país gastou quase 2% mais, totalizando US$ 203 milhões.

O principal fornecedor do produto foi o Paraguai, com 1,268 milhões de toneladas, seguido ainda que de longe pela Argentina, com 103 mil toneladas.

Fonte: Canal Rural

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo