Corteva lança herbicida com baixa volatilidade para reduzir deriva
Tendo como diferencial a baixa volatilidade, o Enlist Colex-D é a aposta da multinacional Corteva Agriscience para reduzir danos gerados pela má aplicação de químicos em outras culturas – como pomares e videiras – assim como aumentar o treinamento de produtores e aplicadores para o uso correto dos produtos. A safra 2020/21 é a primeira a ser produzida com a utilização com o novo químico.
De acordo com a companhia, o novo herbicida permite a redução entre 50% e 90% no potencial de deriva. A alta volatilidade nos produtos químicos é um dos fatores que fazem com que se espalhem mais facilmente além do local onde era esperado. De acordo com a empresa, se aplicados com uma ponta com indução de ar, que tem mais tecnologia, a redução pode chegar a 90%.
Segundo André Baptista, líder de portfólio de herbicidas da Corteva Agriscience, no Rio Grande do Sul a empresa desenvolveu um treinamento específico para contemplar a Instrução Normativa da Secretaria da Agricultura do Estado sobre o uso do 2,4-D e doou 3,5 mil bicos de pulverizadores para aumentar a precisão das aplicações por produtores gaúchos.
O treinamento é composto por 16 horas de atividades práticas e teóricas e já foram capacitados cerca de 1,4 mil produtores e aplicadores no Estado. Além dos danos no cultivo de frutas, como verificado em safras anteriores, a deriva pode causar aumento dos custos de produção, ineficiência no controle de plantas daninhas, de acordo com o o executivo da Corteva.
“Com as devidas precauções, o produtor preserva as culturas sensíveis e as áreas vizinhas. É fundamental respeitar as condições climáticas, como temperatura inferior a 30ºC, umidade relativa do ar superior a 55% e velocidade média do vento entre 3 e 10 km por hora”, assegura Baptista.
Juntamente com outras indústrias químicas, a Corteva também está apoiando a instalação de estações meteorológicas no Estado como forma de permitir que os produtores tenham mais informações sobre as condições climáticas antes e no momento da aplicação. A instalação das estações começou em 22 de julho, Pinheiro Machado, em um total de 20 estações espalhadas pelo Rio Grande do Sul, com investimento total de R$ 600 mil. Neste ano, até 5 de novembro, a secretaria estadual de Agricultura do Rio Grande do Sul contabilizava 61 propriedades rurais distintas com registro de denúncias em virtude de deriva de vários agrotóxicos.
Fonte: Jornal do Comércio