Pesquisa avalia uso de cinza da casca de arroz na indústria da borracha

Aproveitar o que hoje é um resíduo da orizicultura e, ao mesmo tempo, possibilitar uma matéria-prima ecologicamente correta para a cadeia da borracha é uma das metas de um trabalho que está sendo desenvolvido através da parceria entre a Universidade de Caxias do Sul, a Lodz University of Technology da Polônia e a Vipal Borrachas. Uma das participantes dessa iniciativa é a integrante do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Vipal (CPT), Suélen Moresco, que conquistou o prêmio Pesquisador Gaúcho 2020, na categoria Pesquisador na Indústria, concedido pela Fapergs devido ao conjunto de diversos estudos voltados, por exemplo, para o desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos sustentáveis.

Suélen lembra que o Rio Grande do Sul é uma região que conta com muita casca de arroz e que boa parte desse material que sobra da produção do cereal é utilizada como combustível para alimentar termelétricas. Dessa geração de energia ainda restam as cinzas da queima do resíduo. O projeto em que envolvida prevê o tratamento desse subproduto, após a produção de eletricidade, para que seja utilizado como matéria-prima pela indústria da borracha.

A pesquisa ainda se encontra na etapa de trabalhos internos, com escalas laboratoriais e validação das características do produto final. Depois dessa fase, a ideia é realizar os testes de fábrica. O pedido de patente do processo já foi solicitado pela empresa e pelas universidades que participam da ação. Suélen ressalta que uma das vantagens do uso da cinza da casca de arroz, além de dar uma destinação adequada ao resíduo, é diversificar as matérias-primas possíveis de serem aproveitadas dentro da cadeia da borracha.

Fonte: Jornal do Comércio

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