Presidente da Coocam diz que mais da metade da safra 2020/2021 da soja que vai ser plantada já foi vendida
Algumas características vão marcar a próxima safra de verão do Brasil, entre elas o mercado aquecido para as principais culturas. Projeções já apresentam resultados positivos, conforme foi mostrado pelos especialistas e autoridades do setor durante a Abertura do Plantio da safra 2020/21, na última semana, em Minas Gerais. Isso comprova mais uma vez a importância da eficiência, persistência e do trabalho do produtor rural brasileiro – profissional responsável por grande parte do desenvolvimento da economia mundial.
O presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), João Carlos Di Domenico, lembra que a safra 2020/21 de soja será semeada a partir do próximo mês de outubro e já está com o mercado futuro praticamente garantido, com grande volume já negociado , 55% da safra, mais que o dobro da média do período. Efeitos como preços recordes na hora da comercialização dos grãos é uma injeção de ânimo aos produtores rurais. O presidente da Coocam comenta que os sojicultores já estão fazendo mercado para a safra 2021/22.
O mercado mundial tanto da soja quanto do milho está atrativo, compartilha João Carlos. “O mercado mundial está muito atrativo, principalmente por causa da alta do câmbio nos últimos meses. Temos algumas previsões de La Niña e isso pode surgir alguns problemas nas lavouras, mas, esperamos uma grande safra, estamos plantando para isso. Acho que vamos ter novamente, uma produção de soja excepcional e o milho acabou entrando nesse mesmo canal de produção e comercialização”, comenta Di Domenico, completando que o Brasil além de ser o maior produtor mundial de soja, se tornou um grande player internacional de milho.
Para o presidente da Coocam, o produtor ganhou dinheiro com a agricultura nos últimos anos, devido a agilidade econômica e a busca constante pela informação em todas as fases do processo, sabendo a hora certa de comprar/vender/negociar. “A gente precisa de parâmetros e conhecimento para saber onde teremos uma estabilidade maior”. João Carlos lembra que o agronegócio está sustentando a economia nacional. “Se tem um povo com coragem e com vontade de vencer é o produtor, que nunca deixou de trabalhar”.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê crescimento de 8% na produção de grãos, aproximadamente 278,7 milhões de toneladas, consequentemente haverá crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário. Somente a soja, conforme a publicação da Conab deve apresentar safra de 135 milhões e o milho deve chegar 112,9 milhões de toneladas.
De acordo com João Carlos Di Domenico, o sistema cooperativista está cada vez mais necessário, sendo um balizador de preço com importante papel na economia e contribuindo com a redução da desigualdade. “Cooperativa é uma empresa, tem que sobreviver, tem que ter margem, lucros, mas, não é exploradora, é um balizador de mercado”. O setor cooperativista faz uma grande diferença na agropecuária, proporcionando saúde na economia e em diversas esferas do desenvolvimento do Brasil.
Fonte: Fecoagro/Assessoria de imprensa da Coocam