4ª edição dos Saraus Bell’Anima live traz Vagner Cunha e Bebê Kramer com repertório instrumental autoral

Projeto mensal Saraus Bell’Anima, idealizado pelo compositor e violinista gaúcho Vagner Cunha, ganha formato de transmissão ao vivo em parceria com a Casa de Cultura do Parque (CCP-SP)

A quarta edição do Saraus Bell’Anima convida o acordeonista Bebê Kramer para um diálogo com o compositor, arranjador e violinista Vagner Cunha, que trouxe uma nova roupagem para sua obra autoral. Participa como convidado especial o violonista Paulinho Fagundes, outro grande instrumentista no cenário musical nacional. Além das composições dos três artistas, o programa abrange músicas de Luiz Carlos Borges, Milton Nascimento, Guinga, e faz homenagens ao bandoneonista e compositor argentino Astor Piazzolla.

A apresentação do Saraus Bell’Anima Ed. #04: Brasil Instrumental Vol 2 acontece dia 26 de setembro, às 19h, e será transmitida ao vivo pelos canais do YouTube da Bell’Anima e da Casa de Cultura do Parque, que apoia o evento. Esta série de concertos intimistas são realizados na produtora musical Bell’Anima, em São João do Polêsine, Rio Grande do Sul.

Considerado um dos maiores acordeonistas da nova geração e reverenciado por colegas de instrumento como Dominguinhos, Bebê Kramer tem circulado no cenário nacional e internacional ao lado dos maiores nomes da atualidade. A maturidade com que vem evoluindo o aproximou do compositor Vagner Cunha, que no início de 2020 começou a escrever uma obra dedicada especialmente ao acordeonista, o Concerto para Acordeon e Orquestra, com estréia prevista para 2021.

Nesta edição de setembro, integram o programa “Instrumental”, de Milton Nascimento, “Oblivion”, de Piazzolla e “Cine Baronesa”, de Guinga.

Para acompanhar a experiência, cada edição dos Saraus Bell’Anima incorpora, ainda, outras formas de expressão artística: as artes gráficas são criações inéditas do artista plástico Fabio Zimbres, além de uma exposição fotográfica por edição, o Saraus Visuais, com obras do fotógrafo Gilberto Perin.

As edições anteriores receberam grandes representantes da música popular como Guinga, Jorginho do Trompete, Ernesto Fagundes e Luciano Maia, e também da música erudita nacional e internacional, como Carla Maffioletti, Flávio Leite e Ney Fialkow.

VAGNER CUNHA, VIOLINO

Sem deixar de servir-se do melhor de sua formação clássica, o compositor Vagner Cunha transita em diversos gêneros e sonoridades para trazer à sua música originalidade e identidade. Nos últimos quatro anos, sua intensa produção integra seis discos e uma ópera, além de diversos trabalhos paralelos como arranjador e violinista. Suas composições têm sido estreadas por diversas orquestras e grupos de câmara brasileiros, com destaque para o Concerto para Violino Nº1, Concerto para Viola, Concerto para Violão de 7 cordas, o Concerto para Piano e Orquestra Sinfônica, Ballet Mahavidyas e Aleph.

Sua obra autoral está nos discos Mahavidyas (2008), Além (2012), Variações São Petersburgo (2016), Vagner Cunha convida Guinga (2017), Los Orientales (2017), Yamandu Costa interpreta Concerto para Violão de 7 cordas e orquestra (2018), além de dois discos dedicados a poemas de Antonio Meneghetti, interpretados pela Camerata Ontoarte e Carla Maffioletti (2015 e 2017). Recebeu sete vezes o Prêmio Açorianos e, em 2011, o Prêmio FUNARTE de Composição. Atualmente é diretor musical da Camerata Ontorte Recanto Maestro – para a qual compõe regularmente em diversas formações camerísticas. Em 2018 dedicou-se à composição da Ópera O Quatrilho, sua primeira ópera, estreada com sucesso no Brasil.

Suas mais atuais obras, Concerto para Oboé e Concerto para Acordeon e Orquestra, dedicado ao acordeonista Bebê Kramer, tem suas estreias marcadas para o segundo semestre de 2020.

Nas palavras do crítico Juarez Fonseca, “Vagner é um desses artistas raros; gênio. Nos anos 2000, são extensas e sólidas as contribuições dele para a música brasileira, erudita e popular, como compositor, arranjador e violinista. Unindo os três ‘quesitos’, ninguém chegou tão alto em qualificada efetividade.”

BEBÊ KRAMER, ACORDEON

Considerado um dos maiores acordeonistas da nova geracão, o versátil instrumentista destaca-se pelo notável conhecimento de harmonia e improvisação. Reverenciado por colegas de instrumento como Dominguinhos e Luiz Carlos Borges, Bebê tem circulado no cenário nacional e internacional ao lado dos maiores nomes da atualidade, aclamado pelo público e pela crítica. Entre sua intensa discografia, destacam-se seu álbum debut, Casa; o disco Laçador, gravado na Áustria; Como Manda o Figurino, parceria com Toninho Ferragutti; Roda Gingante, com Arismar do Espírito Santo e Tocata à Amizade, disco vencedor, em 2016, do Prêmio da Música Brasileira em duas categorias, gravado ao lado Yamandu Costa. A estreita parceria com Yamandu também resultou na gravação de um DVD ao vivo, lançado em turnê por China e Europa, um CD Duo e um programa televisionado e gravado, aonde Bebê e Yamandu se apresentaram como solistas junto à Orquestra Sinfônica de Paris.

Em seu penúltimo lançamento, Alessandro Kramer Quarteto, indicado Prêmio da Música Brasileira em 2018, o artista, com toda a ousadia e versatilidade que lhe são características, faz uso de seu notável conhecimento de harmonia e improvisação para reforçar sua identidade musical, uma rica mescla entre a tradição da música gaúcha, sempre presente em seu DNA, em perfeita união com os diversos sotaques dos lugares e estilos por onde circulou. Sua música já o levou em turnês por mais de 13 países ao redor do mundo, de Liechtenstein a Angola. Ao longo da sua carreira, Kramer já gravou e tocou com grandes artistas da música Brasileira e mundial, tais como; Hermeto Paschoal, Guinga, Arismar do Espírito Santo, Toninho Horta, Moraes Moreira, Paulo Moura, Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Carlos Malta, bem como os acordeonistas Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeon e Renato Borghetti. No final de 2019, Bebê consolidou a maturidade de seu trabalho como compositor lançando seu mais recente álbum, Vertical, produzido pelo renomado Moogie Canazio, brasileiro de carreira internacional radicado nos EUA e responsável pela produção musical de alguns dos mais renomados discos nacionais e internacionais como Oceano e Brasileiro, de Sergio Mendes, além de João Voz e Violão, de João Gilberto, vencedor do Grammy Awards em 2001.

A cumplicidade com os músicos convidados – Armando Marçal, Edu Neves, Ernesto Fagundes, Guto Wirtti, Kiko Freitas, Michel Dorfman, Paulinho Fagundes – e com o produtor Moogie Canazio é um dos aspectos mostrados neste recorte audiovisual sobre o nascimento da obra de um dos maiores acordeonistas do País.

PAULINHO FAGUNDES

Nascido na cidade de Alegrete, fronteira do estado Rio Grande do Sul, o contato com música venho desde muito cedo, através de sua família, tradicional no cenário cultural gaúcho. Com o passar dos anos, morando em Porto Alegre, Paulinho tornou-se um guitarrista bem conceituado, mostrando o seu trabalho em diversas cidades da América Latina, Europa, incluindo Cuba e Honk Kong. Desde então, Fagundes atuou ao lado de nomes que o orgulham muito. São eles: Toninho Horta, Alegre Corrêa, Guinha Ramirez, Alessandro Kramer (Bebê), Alessandro Penezzi, Arismar do Espírito Santo, Luis Carlos Borges, Luciano Maia, Renato Borguetti, Leandro Rodrigues, Edu Martins, Michel Dorfman, Paulo Dorfman, Marquinhos Fã, Lincon Cheib, Di Stefano, Fabinho Costa, Guto Wirth, Alberto Continentino, Vitor Peixoto, Jorginho Do Trumpete, Ricardo Arenhaldt, Lucas Esvael, Fernando Corona, Luis Salinas, Ricardo Baumgarten, Paulinho Lemos, Geraldo Flach, Hique Gomes, Antônio Villeroy, Gastão Villeroy, Paulinho Guitarra, Leonardo Tomich, Edinho Espíndola, Arthur Maia, Ivan Lins, Léo Gandelman, Neto Fagundes, Lúcio Yanel, Liliane Herrera, Nico Bueno, Rodrigo Maia, Ernesto Fagundes, Luke Faro, Paula Lima, Rodrigo Tavares, Paulinho Cardoso, Juliano Barreto, Serginho Moah, Zé Natálio, Marius Rodrigues, Giovani Berti, Beto Bolo, Xande Figueiredo, Alexandre Vianna, Luis Mauro Filho, New, Everson Vargas, Fernando do Ó, Renata Adegas, Mano Gomes, Gelson Oliveira, Bebeto Alves, André Abujanrra, Rodrigo Maranhão, Lúcia Helena.

Sobre a Bell’Anima

Desde sua criação em 2015, a parceria entre o músico Vagner Cunha e o empresário Claudio Carrara já resultou em 20 produções inéditas que receberam registro em CDs e DVDs, sendo as cinco últimas reunidas em uma coletânea, lançada no final de 2018: Bell’Anima Vol. I. A intensa produção é resultado da força de um trabalho que preza pela qualidade e o ineditismo, sempre conduzidos pelo primor estético. Através de uma programação cultural ativa que produz e incentiva projetos e artistas de real valor expressivo e estético, a Bell’Anima visa resgatar a beleza do ser humano através da música, envolvendo o público em experiências e imersões artísticas que estimulam o desenvolvimento individual e coletivo. Seus projetos promovem a educação musical e a formação de público através de concertos, saraus e encontros musicais didáticos, além de incentivar a educação musical de base através do Projeto Orquestra Jovem Recanto Maestro, iniciativa de caráter social e pedagógico que leva o ensino de música a crianças e jovens da quarta colônia de imigração italiana, no sul do país.

Entre suas produções, destacam-se a Ópera O quatrilho, Concerto para violão de sete cordas e Orquestra e Metaphisica Sinfonia Coral, além do projeto mensal Saraus Bell’Anima, série de concertos intimistas realizados em sua sede no Recanto Maestro. Edições anteriores já receberam grandes representantes da música popular como Guinga, Jorginho do Trompete, Ernesto Fagundes e Luciano Maia, além de nomes da música erudita nacional e internacional, como Carla Maffioletti, Flávio Leite e Ney Fialkow.

Sobre a Casa de Cultura do Parque

Com o propósito de inspirar, cultivar e promover diálogos construtivos e intercâmbio de ideias, a programação presencial e online da Casa de Cultura do Parque abarca uma multiplicidade de linguagens, pensada para todas as idades. São oferecidas atividades que giram em torno de cursos e oficinas; exposições de arte, ciclos de debates e palestras; encontros de música, cinema e literatura. De natureza socioeducativa, as ações visam a participação e reflexão crítica, reforçando nosso compromisso com a educação e a formação do público.