No Dia do Cerrado, ministra participa do lançamento de programa de desenvolvimento sustentável na região
O Cerrado é um dos biomas mais ricos e antigos do planeta, com mais de 12 mil espécies de plantas catalogadas e mais de 2,5 mil espécies de animais
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta sexta-feira (11), em Buritis (MG), do lançamento do programa Fontes para o Futuro, do Instituto Espinhaço, que contribuirá para o desenvolvimento rural sustentável, um dos pilares do agronegócio e da economia brasileira. O evento marca as comemorações do Dia Nacional do Cerrado.
Desenvolvido pelo Instituto Espinhaço, o programa tem como objetivo fortalecer a revitalização de bacias hidrográficas e a segurança hídrica, a revitalização das microbacias do Córrego Pasmado e do Ribeirão São Vicente e da sub-bacia do Rio Urucuia, um dos principais contribuintes para a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, favorecendo a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável, além de implementar a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A implantação do programa Fontes para o Futuro será feita a partir da articulação de iniciativas entre o setor privado, o poder público e o terceiro setor, por meio da transferência de tecnologias e conhecimentos para a recuperação de pastagens degradadas e áreas estratégicas para o aumento do potencial hídrico, com inovação e diversificação produtiva, ações de conservação do solo e da água e negócios de impacto social.
Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ministro do TCU, Augusto Nardes, ministra Tereza Cristina e ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
Cerrado
No dia 11 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. O bioma abriga cerca de 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 180 de répteis, 150 de anfíbios e 1200 espécies de peixes.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, que se estende por pouco mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e equivale a aproximadamente 22% território nacional. O Cerrado está presente em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal. Isso sem contar os enclaves no Amapá, Roraima e Amazonas.
Um dos biomas mais ricos e antigos do planeta, com mais de 12 mil espécies de plantas catalogadas e mais de 2,5 mil espécies de animais, entre aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes, o Cerrado é também considerado o berço das águas no Brasil, abrigando as nascentes das maiores bacias hidrográficas do país.
O incremento da produção agrícola no Cerrado, especialmente a produção de grãos, ocorreu tanto por expansão da área plantada, quanto por aumento de produtividade. A partir de meados da década de 1970, as tecnologias geradas para o aproveitamento do Cerrado começaram a ser empregadas, o que possibilitou aumentos nos índices de produtividade e viabilizou a abertura de novas áreas anteriormente consideradas improdutivas.
As condições climáticas, topográficas e de infraestrutura tornaram notórias a vocação para incrementos na produção e na produtividade agrícola. O potencial de produção das áreas atualmente antropizadas do Cerrado desempenha papel preponderante na desaceleração do processo de expansão da fronteira agrícola sobre novas áreas, e reforça a política de conservação dos recursos naturais.
De acordo com o Código Florestal, os imóveis rurais situados na Amazônia Legal no bioma Cerrado devem manter uma área de 35% com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal.
ABC Cerrado
A adoção de práticas sustentáveis nas propriedades rurais do Cerrado é o principal objetivo do programa ABC Cerrado, implementado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Banco Mundial.
O produtor que participa do Projeto tem benefícios sociais, ambientais e econômicos, que vão desde o aumento da fertilidade do solo até o aumento da produtividade.
O Projeto atende sete Estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais) do Bioma Cerrado e o Distrito Federal com a promoção de quatro processos tecnológicos de baixa emissão de carbono: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas.
A iniciativa já capacitou 7,8 mil produtores rurais e promoveu Assistência Técnica e Gerencial para 1.957. Desde o início do projeto, foram recuperados mais 193 mil hectares.
Instituto Espinhaço
O Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental – é uma associação civil, sem fins lucrativos, com atuação nos eixos de biodiversidade, cultura e desenvolvimento socioambiental, articulando práticas inovadoras no âmbito local, com abrangência internacional. Criado com base no processo de mobilização social que resultou na chancela da Unesco para a Serra do Espinhaço como uma Reserva da Biosfera.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento