Com alta de 24,5%, embarques agrícolas batem recorde para junho

As exportações do agronegócio foram recordes para os meses de junho, com registros de vendas externas de US$ 10,17 bilhões. Houve crescimento de 24,5% em relação às exportações em junho de 2019 (US$ 8,17 bilhões). De acordo com o Boletim da Balança do Agronegócio, divulgado pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa), em nenhum ano da série histórica (1997-2020) as exportações do agronegócio ultrapassaram US$ 10 bilhões para meses de junho.

O principal setor responsável pelo crescimento das exportações foi o complexo soja. As vendas externas do setor subiram de US$ 3,53 bilhões em junho de 2019 para US$ 5,42 bilhões em junho de 2020, o que representa uma alta de 53,4% ou quase US$ 1,9 bilhão de crescimento em valores absolutos. Para efeito de comparação, as exportações do agronegócio cresceram US$ 2,0 bilhões comparando-se junho de 2019 e junho de 2020.

A exportação de soja em grãos (13,8 milhões de toneladas) teve grande influência nestes valores, alcançando US$ 4,67 bilhões em junho de 2020, com expansão do quantumem 5,2 milhões de toneladas na comparação dos meses de junho de 2020 e 2019. A SCRI também ressalta a retomada das exportações de açúcar, que subiram quase 1,5 milhão de toneladas relativo aos dois períodos.

A China foi o principal país responsável pela expansão do volume exportado pelo Brasil, adquirindo 70% da soja em grãos brasileira em junho. O país asiático elevou ainda as aquisições de produtos do agronegócio brasileiro em US$ 1,3 bilhão entre junho de 2019 e junho de 2020: 65% do crescimento em valores absolutos das exportações brasileiras do agronegócio observados junho de 2019 e junho de 2020.

O agronegócio brasileiro aumentou a sua participação nas exportações brasileiras de 44,4% (junho-2019) para 56,8% no mês pesquisado. Por sua vez, as importações do agronegócio diminuíram de US$ 984,55 milhões (junho 2019) para US$ 826,28 milhões em junho de 2020 (-16,1%). Desta forma, o saldo da balança atingiu US$ 9,3 bilhões.

As vendas externas de carnes foram de US$ 1,41 bilhão (4,5%). O volume exportado de carnes foi recorde para os meses de junho (626,5 mil toneladas). A carne bovina representou mais da metade do valor exportado de carnes, com registros de US$ 742,56 milhões. Tanto o valor mencionado como o volume (176,6 mil toneladas) foram recordes para os meses de junho.

A carne suína também apresentou valor e volume recorde em vendas externas para o mês de junho. As exportações foram de US$ 196,86 milhões, com volume de 95 mil toneladas. Já as exportações de carne de frango foram de US$ 438,23 milhões (-32,1%), com queda de 13,6% no volume exportado e redução de 21,4% no preço médio de exportação.

A China se destacou mais uma vez nas aquisições de carnes brasileiras, tendo importado metade da carne bovina e suína exportada pelo Brasil. A participação da China nas aquisições de carne de frango também foi relevante, chegando a 23,7% do total exportado.

Fonte: Jornal do Comércio

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