Agronegócio catarinense: publicações da Epagri mostram valor de produção e exportações em alta em 2019
No ano passado o agronegócio catarinense alcançou o índice histórico de 68,3% de participação no valor total das exportações de Santa Catarina. O Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária catarinense cresceu 6,7% entre 2018 e 2019. Em 2019 o valor da produção de suínos superou, pela primeira vez em 20 anos, o valor da produção de frangos, ficando na primeira posição na composição do VBP da agropecuária.
Esses são alguns dos resultados apresentados nas publicações Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2018-2019 e Indicadores de desempenho da agropecuária e do agronegócio de Santa Catarina: 2018 e 2019, lançadas na terça-feira, 9, em evento on-line. As duas publicações são produzidas anualmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) e o lançamento, que normalmente é feito em março em Florianópolis, foi adiado por conta do isolamento social imposto do governo do Estado para conter a pandemia da Covid-19.
As duas publicações mostram a importância do agronegócio para exportações catarinense e brasileiras. Historicamente, o agronegócio tem se mantido no patamar acima dos 60% de participação nas exportações catarinenses, mas 2019 foi a primeira vez que esse índice alcançou 68,3%, revela Luiz Toresan, analista da Epagri/Cepa.
O frango é o item mais importantes na carteira de exportações do agronegócio catarinense. De acordo com as publicações, do total de US$ 5,1 bilhões exportados pelo agronegócio em Santa Catarina em 2019, US$ 2,2 bilhões foram gerados pela avicultura. Já com relação aos suínos, as publicações mostram que mais da metade do exportado pelo Brasil no ano passado saiu de Santa Catarina. O Estado catarinense produziu ainda quase a metade da banana e dos móveis de madeira vendidos pelo Brasil a outros países no ano que passou.
Santa Catarina respondeu em 2019 por 6,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro. “É um número expressivo, se considerarmos que nosso Estado ocupa apenas 1,3% do território nacional”, avalia Toresan. Ele lembra que as agroindústrias de carnes e moveleira têm grande participação nesse resultado.
Em 20 anos, essa é a primeira vez que os suínos ultrapassam a frangos em valor de produção em Santa Catarina. Além destas duas cadeias produtivas, leite e soja também se destacaram na composição do VBP em 2019.
A Síntese já está em sua 40ª edição, enquanto esta é a segunda edição dos Indicadores. As duas publicações se complementam, no sentido de que apresentam números do agronegócio catarinense em perspectivas diferentes. A Síntese disseca os números por cadeia produtiva, contextualizando-os nos mercados mundial e brasileiro. A publicação Indicadores traz, em sua segunda edição, uma avaliação agregada do conjunto de cadeias produtivas do agronegócio, levando em consideração variáveis como valor da produção dos principais produtos, área cultivada, produção, produtividade e relações de troca entre produtos e insumos envolvidos na produção, bem como indicadores de desempenho do comércio exterior. Foram consideradas 52 produções de pecuária, aquicultura, lavouras, silvicultura e extração vegetal para composição dos Indicadores.
Fonte: Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural