Safra de verão termina, e plantio de inverno se inicia no Rio Grande do Sul

Com a finalização da safra de grãos de verão, o Rio Grande do Sul se prepara para a safra de inverno, que envolve as culturas do trigo, cevada, canola e aveia branca. De acordo com a Emater as solicitações de vistorias para o pedido do seguro Proagro devido aos efeitos da estiagem lavouras de verão seguem ocorrendo no Estado. Contabilizadas desde 1 de dezembro de 2019, até esta quarta-feira (27) foram realizadas 10.271 vistorias de Proagro em lavouras de soja por técnicos da Emater. A totalidade de solicitações em culturas e hortigranjeiros chega a 18.017 vistorias.

A colheita da soja no Estado está terminada, segundo a Emater. A produtividade média foi de 1.793 quilos por hectare, e a produção chegou a 10.693.367 toneladas, com perdas de 45,8% em relação à produção esperada antes da estiagem. 

Em geral, a produtividade da soja nas áreas colhidas apresentou bastante disparidade e ficou muito abaixo do esperado devido ao período prolongado de estiagem durante o ciclo da cultura. Nas áreas onde houve plantio direto, o desenvolvimento foi melhor, devido à maior capacidade de resistência das plantas ao estresse hídrico.

Agora, o foco dos produtores se volta para os cultivos de inverno. Nas áreas das regionais da Emater de Frederico Westphalen, Soledade, Ijuí e Santa Rosa o plantio do trigo já foi iniciado. cultivo do trigo. No Médio Alto Uruguai, algumas áreas já semeadas se encontram em germinação, e o plantio deverá ser acentuado a partir do próximo mês. A perspectiva de clima favorável e de bons preços deverá elevar em 15% a área cultivada. Os produtores estão animados com as boas previsões climáticas para o período da safra de trigo e com as perspectivas de preço remunerador – a oferta de contrato para o trigo com pagamento em fevereiro está precificada a R$ 55,00 a saca.

Nas regiões de Caxias do Sul, Erechim, Santa Maria e Bagé, os agricultoress estão ainda em fase de planejamento e preparo das lavouras de trigo, e há expectativa de aumento de área a ser cultivada. Em Tupanciretã, um dos principais municípios produtores, estima-se um incremento de até 30% nas plantações. 

Os produtores de ceva ainda estão preparando as áreas a serem plantadas com o cereal. A cultura depende de contratos com indústrias cervejeiras, como a Ambev. Nas principais regiões produtoras do Estado, a expectativa é de manutenção ou mesmo redução da área plantada neste ano.

Em relação à canola, o ritmo de implantação da cultura é intenso no Noroeste do Estado. Há tendência de leve redução da área cultivada. As primeiras lavouras já se encontram em germinação.

Fonte: Jornal do Comércio

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