Açúcar, algodão, café, milho e soja se desvalorizam no primeiro quadrimestre

De acordo com relatório da consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, as commodities foram afetadas pela baixa histórica do petróleo

No mercado internacional, as commodities influenciadas diretamente pelas cotações do petróleo registraram baixas no acumulado do ano, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. Entre elas, caíram no primeiro quadrimestre de 2020: açúcar (-30,8%), milho (-21,2%), café (-17,8%), algodão (-16,5%), soja em grãos (-8,4%) e farelo de soja (-4,2%).

A queda do petróleo torna os combustíveis fósseis, como a gasolina, mais baratos, tirando a competitividade do etanol. “Nos Estados Unidos, onde 40% da produção de milho é destinada à fabricação do biocombustível, o movimento fez com que usinas até paralisassem suas atividades, gerando um excedente de grãos que disputaram mercado de exportação com outros países”, diz.

O açúcar também foi afetado pela perda de competitividade do etanol, já que a tendência é que aumenta a oferta de matéria-prima no Brasil, com mudança do mix da usinas, que estão reduzindo a fabricação de etanol e elevando a de açúcar, segundo a Cogo.

Já o algodão vem sendo pressionado pela perda de competitividade ante as fibras sintéticas, consequência também da baixa do petróleo.

Para a soja, a pressão baixista externa decorre de uma combinação de fatores, destacando-se a forte desvalorização do real ante o dólar que tornou a commodity brasileira mais atrativa, a projeção de aumento da área de cultivo nos EUA nesta temporada 2020/2021 e a perda de competitividade do biodiesel (óleo de soja).

E as altas?

Dentre as maiores altas nas cotações internacionais neste primeiro quadrimestre de 2020, destaque para o arroz (+37,9%) e trigo (+21,4%). “Ambas commodities fazem parte da cesta básica de diversas regiões do planeta, sofreram problemas com as safras e restrições de exportações em alguns países”, informa a Cogo.

Fonte: Canal Rural

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo