Produtos da Serra Catarinense, inclusive queijo artesanal, poderão ser vendidos no Brasil

Os produtores e prefeitos da região serrana de SC festejam mudança que incrementará a economia, através da comercialização maior e contratação de mão de obra para dar conta da demanda que tem expectativa de aumento. Por recomendação do Ministério da Agricultura, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto permitindo que produtos artesanais possam ser comercializados em todo o País. Produtos como mel, queijo, bolachas caseiras, frango caipira, salame, coalhada, são alguns que serão beneficiados com a medida.

O vice-presidente do Cisama e prefeito de Rio Rufino, Thiago Costa, frisa que a economia da Serra Catarinense será incrementada com investimentos de fora, devido a esse credenciamento. “Empresários de fora vão querer investir nessas produções regionais, porque, agora, há possibilidade de grande expansão”.

Costa destaca que esse credenciamento do Cisama só foi possível graças à união dos municípios. “Muitos querem vender em larga escala, mas, sozinhos, não conseguem. Bom destacar que, na prática, o produtor continua com o mesmo processo de fabricação, porque as regras sanitárias são as mesmas que o município exigia”.

O superintendente federal de Agricultura em Santa Catarina, Túlio Tavares Santos, explica que esse processo de credenciamento foi demorado, porque é novo para o Ministério da Agricultura. “Antigamente, existia somente o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), depois a legislação foi se aperfeiçoamento e surgiu o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para o município; e o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) para o Estado. Era preciso que as regiões tivessem essa possibilidade de vender para o País, pois possuem grande potencial e todos têm a ganhar com essa conquista”.

Ele conta que o Ministério quer fomentar o programa, pois gera emprego e renda, por meio do incentivo aos produtores regionais.

Um produto deverá procurar essa certificação é o queijo serrano, uma tradição da Serra Catarinense, feito a partir de leite cru, que faz parte da alimentação e da renda das famílias serranas e dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, desde o final do século 17.

A região geográfica delimitada como produtora do queijo, denominada Campos de Cima da Serra, compreende 18 municípios da Serra Catarinense e 16 da região Nordeste de altitude do Rio Grande do Sul, totalizando 34 mil km². São aproximadamente 3,5 mil pecuaristas familiares que produzem o queijo, utilizando somente leite da propriedade.

Fonte: Fecoagro

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