Arrozeiros gaúchos cogitam enquadramento no Pronaf

Os arrozeiros gaúchos não descartam a possibilidade do governo federal aprovar a inclusão da atividade nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Essa foi uma das pautas debatidas na reunião da Câmara Setorial do Arroz, dentro da programação da Abertura Oficial da Colheita, em Capão do Leão. Outras medidas para buscar soluções referentes ao endividamento do setor e fomento às exportações do cereal foram as principais demandas que a cadeia orizícola irá reforçar junto ao Ministério da Agricultura.

O encontro contou com a presença de produtores, indústrias e representantes do governo federal. De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho, um dos principais pontos de debate do órgão é resolver o passivo do endividamento dos produtores de arroz. “Em relação ao setor produtivo, a cadeia, a câmara e as entidades vêm numa luta para solucionar este problema. Nossos parlamentares também estão trabalhando para que isso aconteça. Acreditamos que as coisas estão caminhando em um sentido de buscar uma solução para este produtor”, observa.

Uma das possibilidades, confirmou Coutinho, é a ampliação do Pronaf, que já recebeu uma sinalização positiva do Ministério da Economia. “O Pronaf tem uma legislação diferente, um acesso diferente. Isto vai fazer que, com o aumento dos limites do Pronaf, tenhamos produtores que poderão migrar para isto com um bom número, conseguindo um juro menor e melhor condição de financiamento”, afirma. As exportações também foram assunto. Uma das medidas, segundo o presidente da Câmara Setorial do Arroz, é buscar a renovação das cotas comerciais com o México e abrir novos acordos sanitários com outros países com potencial consumo do grão. “É uma surpresa os números de exportações deste ano, e isso culmina com uma atenção da ministra Tereza Cristina com o setor. Conseguimos agilizar negociações internacionais onde se colocam obstáculos que fazem com que demore um pouco mais”, salienta.

Fonte: Jornal do Comércio

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