Seminário Técnico sobre a cultura da Noz-Pecã vai debater qualidade e mercado
Encontro será no dia 25/04, em Anta Gorda
Debater a qualidade da noz-pecã e sua relação com o mercado é o objetivo do VI Seminário Técnico da Cultura da Noz-Pecã, que vai ocorrer na próxima quinta-feira (25/04), em Anta Gorda, no período da manhã.
Para o engenheiro agrônomo Júlio Medeiros, coordenador da Comissão Organizadora do Seminário e da Abertura da Colheita, a escolha do tema se deu em função da necessidade de tornar a noz-pecã mais conhecida no mercado. “Aquele consumidor que não conhece o produto, a gente espera que quando entre em contato, tenha um produto da melhor qualidade possível e que se torne um novo consumidor”, destaca Medeiros. Segundo ele, a produção da noz é feita nos três estados do Sul, em função do clima, e o público potencial consumidor abrange todo o país, sendo os principais desafios tornar o produto conhecido e alcançar estes novos mercados.
O Seminário será dividido em três painéis e começa às 9h com a abertura oficial, no Parque Municipal Aldi João Bisleri. Às 9h15, o primeiro painel vai tratar dos cuidados no momento da colheita e da preparação e conservação para o embarque para exportação ou para o mercado interno, com o consultor argentino Pablo Satti, técnico superior em tecnologia dos alimentos. A moderação é do engenheiro agrônomo da Pecanita Agroindustrial, Jaceguay Barros. “A proposta do painel é mostrar as etapas pelas quais deve passar a noz-pecã, desde a pré-colheita, que incluem a limpeza da área, separação da colheita por variedade, determinação do ponto de umidade de colheita, até o pós-colheita, mostrando as etapas de pré-limpeza a campo, limpeza, secagem, classificação por tamanho, seleção e embalagem, visando atingir a qualidade necessária para que o produto possa ter um bom valor de mercado, tanto para o mercado interno e externo”, destaca Medeiros.
O segundo painel, às 10h15min, irá tratar das alternativas de apresentação do produto para o consumidor, mostrando as inovações que a indústria vem desenvolvendo com finalidade de ampliação do mercado. “Os 3 cases das indústrias Nozes Pitol, Pecanita Agroindustrial e Pecanobre, serão analisados pela especialista do Serviço Nacional da Indústria (Senai), a engenheira de alimentos Gabriela Mendes. Ela irá também propor inovações nas formas de oferta do produto para este consumidor, baseado em experiências nacionais e internacionais”, afirma Medeiros. A mediação será do engenheiro Paulo Lipp João, chefe da Divisão Agropecuária do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
De acordo com Lipp, o Seminário faz parte da política estadual da pecanicultura, dentro do programa Pró-pecã, uma parceria da Secretaria com a Emater, IBPecan e prefeitura de Anta Gorda. “Estes seminários vêm trabalhando muito a colheita e a qualidade da fruta, visando a ampliação tanto do mercado interno quanto externo”, destaca.
O terceiro painel está previsto para às 11h15min, e vai falar sobre o sistema de precificação de nozes pelo conteúdo, adotado pelo México e Estados Unidos., com o engenheiro civil Daniel Basso, da São Miguel Comércio e Participações. A moderação é do bacharel em direito Demian Segatto da Costa, do IBPecan. “Este painel pretende mostrar formas de remuneração do produto pela indústria processadora aos produtores, de modo que o preço final que o produtor irá receber reflita, de forma justa e transparente, a qualidade apresentada pelo produto, visando estimular que os pecanicultores desenvolvam melhorias em seus processos a campo e no pós-colheita”, informa Medeiros.
Às 15h, está prevista a 6ª Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã, no Pomar das Nozes Pitol, que fica na Linha Dr. Carlos Barbosa, no interior do município. A organização é da Secretaria da Agricultura, Emater, IBPecan e prefeitura de Anta Gorda.
Dados
O Rio Grande do Sul possui a maior área plantada da cultura da nogueira-pecã no país. Com uma expansão significativa nos últimos 20 anos, tem hoje cerca de 7.000 hectares cultivados por 1.600 produtores. Em 2023, a colheita ficou próxima a 5.000 toneladas, numa área colhida de 4,5 mil hectares. Para 2024, as projeções iniciais sugerem uma produção estadual de cerca de 3.000 toneladas.
Mais informações: https://www.agricultura.rs.gov.br/pro-peca
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação