MDA quer R$ 80 bilhões para a agricultura familiar no Plano Safra

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, disse nesta quarta-feira (19) que está pleiteando R$ 80 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025 junto à equipe econômica do governo federal. Se confirmado, o valor seria 12% maior que o disponibilizado no exercício anterior.

A cifra foi passada aos integrantes do núcleo agrário da Câmara dos Deputados em reunião convocada pelo MDA para apresentar as pretensões do Planalto em relação ao programa. O plano deve ser lançado na próxima semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e balizar os financiamentos e investimentos no campo na safra que começa oficialmente em 1º de julho.

Entre as propostas está a criação de uma nova linha de financiamento para os pequenos agricultores com renda até R$ 100 mil para a compra de máquinas. A ideia dialoga com demanda feita pelo próprio ministro Teixeira ao Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), ainda em fevereiro, em Porto Alegre.

Na ocasião, o ministro reforçou a necessidade do desenvolvimento de produtos voltados a esse segmento do campo e com preços acessíveis. Teixeira quer impulsionar a mecanização das lavouras, principalmente no Norte e Nordeste. Para isso, o MDA busca a redução das taxas de juros e incentivos aos pequenos agricultores.

Em uma primeira avaliação, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, considerou os R$ 80 bilhões satisfatório, mas que a eficácia do aporte depende da operacionalização.

“O montante, em si parece razoável, parece bom. Agora nós temos que ver no que ele é distribuído. É isso que a gente precisa dar um olhado, para ver se ele vem distribuído dentro daquilo que a gente precisa”.

O dirigente pontuou que não adianta ter um grande volume de dinheiro se estiver direcionado a aspectos que não vai olhar para o produtor.

Para nós, do Rio Grande do Sul, ele (dinheiro) tem que vir, nesse momento, para custeio, mas ele tem que vir bastante para o investimento, vai ter que ter recurso para o seguro agrícola, para o Proagro e vai ter que ter recurso para a assistência técnica”.

Fonte: Jornal do Comércio

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo