Cavalo Crioulo no Chaco Paraguayo: “Impressionado com a grandiosidade deste projeto”
Quatrocentas éguas em crias, dois remates anuais, mais de oitenta animais comercializados, circuito de provas, premiações, tudo realizado por criadores entusiasdas da raça Crioula em solo paraguaio
Demonstrando além da adaptação aos mais diversos biomas mundiais do Cavalo Crioulo, a raça conquista adeptos e criadores apaixonados dispostos a projetar um futuro próspero. Prova disso é o trabalho realizado no cenário cercado pelo ambiente desértico do Chaco Paraguayo, precisamente em Loma Plata, no local onde acontece a Expo Trebol, realizado pelas Cabanhas Ganadera Sofía y Chajha, propriedade de Horácio Cartes. Em uma cultura totalmente diferenciada, onde de forma organizada e autonoma, os criadores, estão realizando um trabalho de fomento com a proposta baseada na valorização do mercado, trabalho do ginetes e aumento das provas funcionais, seletivas e principalmente esportivas, sem deixar de lado o forte trabalho genético. Convidado a avaliar juntamente com Charles Feijó, a Prova de Doma, André Luiz Narciso Rosa, Vice Presidente de Provas Seletivas e Exposições Morfológicas, viveu bem de perto durante quatro dias (13 a 17 de novembro) essa proposta. “Estou impressionado com este movimento, grata satisfação em estar aqui! Quando falamos de Cavalo Crioulo temos a visão do cenário que ele foi criado, mas nossa maior virtude é permear em diversas culturas, e mesmo assim ser sempre o mesmo Cavalo Crioulo. Notamos isso no trabalho já realizado pela Associação na Área de Expansão da Raça no Brasil”, destaca Rosa. Em um cenário com temperaturas superiores aos 40 graus e escassez de chuva, o Cavalo Crioulo, demonstra sua resistência e poder de recuperação sendo uma importante ferramenta de trabalho.
Conjunto realiza percurso durante prova de Doma, em Loma Plata, Chaco Paraguayo
Rosa foi convidado a julgar uma das três provas organizadas e promovida organizada por Sofia y Chaja. Para entender melhor, tudo começa através do projeto organizado com Mauro Villamor, onde é realizado dois remates anuais, um em agosto em Loma Plata e outro em novembro em Assuncion, comercializando em média trinta animais em cada um. Os exemplares adquiridos automaticamente estão aptos a participar da primeira etapa do Circuito de Eventos, a Prova de Doma. A segunda consiste em uma Prova de Laço e por fim a Marchita do Chaco. Obrigatóriamente os animais precisam participar da primeira, para poder participarem da segunda etapa, e assim por diante. O ponto auge das provas é que todas oferecem premiação em dinheiro para os primeiros colocados. “’É um projeto extremamente grandioso, muito bem estruturado, trabalho diferenciado que teve excelente absorsção pelos crioulistas e ginetes, e com toda certeza, colocou o Paraguai em outro patamar e está no caminho certo“, comentou Andre, que esteve presente no Remate deste mês, realizado no último dia 17.
Da esquerda para direita, Mauro Villamor, André Rosa, Horácio Cartes e Remigio Villamayor (Gerente da Ganaderia)
Com manadas de mais de 400 éguas em cria, André ainda destacou o trabalho realizado no melhoramento genético: “Impressionado com as manadas que possuem genetica bastante conscistente, com contribuição argentina, uruguaia e brasileira, e isso é pouco divulgado”. “Estamos acostumados a vivenciar as Classificatórias ao Freio de Ouro, realizadas na Argentina e Uruguai. Fiquei muito impressionado com tudo que vi aqui, quase 80 animais no laço, mais de 40 animais na Doma, visto que é pouco divulgado, os criadores paraguaios estão divagando um projeto muito importante, como o Paraguai é um pouco afastado não sabemos o que acontece aqui. E nos perguntamos o porque isso não é divulgado, talvez pelo pais não ter a cultura do esporte, mas eu não tenho dúvidas que o caminho está sendo bem trilhado”. Os criadores paraguaios investem na divulgação do trabalho, através da parceria com o Projeto consolidado Em Busca do Cavalo Crioulo, do fotográfo Fagner Almeida, que viaja o mundo fotografando e registrando projetos importantes da raça crioula.
Fonte: ABCCC
