Seca impõe desafios para a alimentação animal

As dificuldades enfrentadas com a falta de chuvas pelo terceiro ano seguido no Estado também atinge em cheio as pastagens, o que desafia os produtores gaúchos a buscarem soluções para amenizar o impacto. Na pecuária, a preocupação vem com a nutrição dos animais, que perdem com o baixo crescimento dos pastos.

O gerente técnico da SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios, Armindo Barth Neto, reforça que nestes períodos os produtores possam ter cartas na manga para minimizar os impactos do tempo seco. “Os produtores têm que ter consciência que estes períodos vão acontecer e é preciso ter alternativas para não estar exposto nestes momentos de dificuldades”, observa.

No caso das pastagens, o especialista ressalta que neste ano se passa por um La Niña que no início de novembro registrou temperaturas frias, o que prejudicou o crescimento das pastagens logo no início da estação de crescimento. “Já no final de novembro e em dezembro tivemos registros de regiões com chuvas, mas na grande parte a média é de temperaturas muito altas com poucas chuvas, o que evapora muito rápido e cria o déficit prejudicando o crescimento das pastagens”, destaca.

Barth Neto frisa que a primeira dica é sempre procurar manter as pastagens dentro da altura ótima de manejo. “Na SIA trabalhamos com o pastoreio Rotatínuo e cada pastagem tem sua altura ótima de manejo. Por exemplo, o capim sudão trabalhamos entre 25 e 40 centímetros, a mesma coisa para o milheto e a braquiária. No campo nativo trabalhamos entre 8 e 12 centímetros. Nestes períodos de estiagem é importante nunca deixar para baixo esta altura”, explica.

Além disso, o gerente técnico da SIA também recomenda equilibrar a carga animal em cada potreiro, ajustando de acordo com o crescimento de cada área. “Se tivermos áreas não utilizadas ou subutilizadas, colocar mais animais nessas áreas e reequilibrar a carga animal nestes potreiros”, informa.

Além de manter estoques, em muitos casos é preciso entrar com suplementação com parte da dieta vinda da pastagem e outra do cocho, com objetivo que os animais comerem menos os pastos e consigam manter eles dentro da altura ótima. As informações são da assessoria de comunicação da SIA.

Fonte: Jornal do Comércio

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