“No mesmo espaço onde se cria um animal médio, é criado um animal bom”, diz pecuarista
Com a audiência de quase mil internautas de 14 estados brasileiros e até dos Estados Unidos, Colômbia e Argentina foi transmitido nesta semana o Dia do Embrião. O evento online, promovido pela Fazenda Esperança de Alegrete (RS), destacou a importância da tecnologia de transferência de embriões na democratização da genética Braford.
Na abertura do evento, que contou com a participação de especialistas e consultores, o CEO da Fazenda Esperança, Raphael Houayek, pontuou o aumento do número de animais registrados na Associação Brasileira de Hereford e Braford, que ficou em 39% somente no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. “Isso demonstra a força da raça Braford na pecuária brasileira e a transferência de embriões é uma oportunidade para acelerar essa realidade”, diz o empresário. “Quem faz uma transferência de embriões nesta estação, já poderá ter um touro para vender em 2025, quando o mercado da pecuária estará mais valorizado”, afirma Houayek.
O objetivo do Dia do Embrião foi mostrar que qualquer tamanho de pecuarista pode usufruir da tecnologia para acelerar o incremento de genética no rebanho. “Nossa intenção é democratizar o conhecimento e a informação a outros pecuaristas que ainda não apostam nesta biotecnologia”, revela o empresário. O gerente da Fazenda Esperança, Paulo Costa, que também participou da live, disse que “quem vê o que temos hoje, pode pensar que já pegamos gado pronto ou que temos anos de seleção. Mas o que aconteceu aqui foi uma questão de visão, de acreditar no projeto e buscar algo maior”.
Além da questão financeira, comprovada pela Fazenda Esperança nos últimos anos, Houayek aponta também a expansão da raça pelo país e o resultado nos julgamentos. Afinal, a fazenda já conquistou nas últimas temporadas mais de 40 prêmios em diferentes concursos e competições.
Outro palestrante do evento, médico veterinário Alexandre Vargas da Pró Fertil, mencionou que para que as transferências de embriões tenham bom resultado, as receptoras precisam estar em boas condições. “O melhor é trabalhar com receptoras recém paridas, ganhando peso e com cria ao pé”, afirma Vargas. Já o diretor da Reprovet, Bernardo Franciosi foi enfático ao afirmar que a transferência de embriões para ter sucesso precisa da participação de todos os envolvidos, principalmente do pecuarista. “O percentual de prenhez depende sim da qualidade do embrião, mas passa muito pela propriedade, de fazer o que a gente pede e ter animais com sanidade e bem nutridos”, destaca Franciosi. Raphael Houayek enfatizou ainda que a Fazenda Esperança não vende embriões, apenas. “Vendemos prenhezes garantidas, isso é um diferencial nosso que nos coloca em um patamar elevado. Deixamos o comprador tranquilo.”
Esta edição do Dia do Embrião teve uma dinâmica diferente. No evento do ano passado, houve faturamento de R$ 1,5 milhão. Desta vez, o realizador procurou mostrar a realidade desta prática para a evolução da genética e para promover o Leilão de Embriões, que será realizado no dia 17 de agosto, com Fábio Crespo da Parceria Leilões no comando do martelo. Raphael Houayek explicou ainda o formato de comercialização dos embriões através de prenhezes, entregues em combos genéticos, que são pacotes de acasalamentos definidos pelo comprador, que podem ser armazenados e utilizados em outras estações de reprodução. Os prazos de pagamento e descontos à vista também serão diferenciados neste remate.
Para mais informações, acesse: instagram.com/fazendaesperancaalegrete
Fonte: Thais D’Avila