IPDVF: uma trajetória de reconhecimento nacional

E lá se vão 75 anos de serviços prestados à sociedade. O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor – IPVDF, antes chamado de Instituto, foi se modernizando ao longo do tempo. Pertencente à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a partir de 2016, os laboratórios credenciados pelo Ministério também foram acreditados pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre).

A acreditação credencia o Centro de Pesquisa a realizar ensaios de bruceloses bovina e suína (ensaios de triagem e confirmatórios), sarna, peste suína clássica, peste suína africana, doença de Aujeszky e síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos (PRRS).

“Essa conquista reflete a garantia de qualidade, rastreabilidade e credibilidade nos serviços de ensaios prestados pela nossa instituição, que, em 2023, celebra seu 75º aniversário como laboratório oficial de sanidade animal do Rio Grande do Sul”, destaca o chefe do IPVDF, Vilar Gewehr.

Recentemente o IPDVF conquistou a renovação de sua certificação ISO 17025 junto ao Inmetro. A visita dos auditores da Coordenação Geral de Acreditação do órgão federal ocorreu no mês de agosto.

Atualmente, o Instituto conta com 40 servidores, sendo 22 médicos veterinários (seis do último concurso de analista), dois biólogos, três técnicos em laboratório, mais seis de apoio e sete terceirizados.

Pós-graduação

Criado em 2014, o Programa de Pós-graduação em Saúde Animal (PPGSA) do IPVDF foi o primeiro a ser oferecido por um instituto de pesquisa estadual em todo o Brasil, com ofertas de vagas para mestrado em Saúde Animal. O objetivo é preparar profissionais com visão adequada a considerar a saúde animal dentro de uma visão globalizada dos mercados, mas condizente com sua realidade regional, entre outros. Já titulou 62 alunos e, no momento, conta com 16 estudantes.

Biotério experimental e sala de necrópsia

No IPVDF também funciona o Biotério Experimental (BioEx), que se destina à manutenção de animais. “Hoje só existem alguns camundongos, que são usados para a prova biológica da raiva. Aos poucos estamos trocando essa forma para cultivo celular, para não utilizarmos mais animais”, esclarece o chefe substituto do IPVDF, Fernando Karam.

Painel de instrumentos na sala de necropsia do IPVDF
Painel de instrumentos na sala de necrópsia do IPVDF. Foto:Divulgação/IPVDF

Também há uma sala de necrópsia, da qual o médico veterinário é o responsável. “Recebemos animais mortos de todas as espécies, para necrópsia e posterior diagnóstico”, conta.

Beneficiados pelo IPVDF

Conforme o chefe substituto, o Instituto conta com uma área de isolamento onde eram feitas pesquisas, testes e outras atividades. “Ainda existem alguns bovinos aqui que são usados nos cursos que ocorrem dentro do Programa Nacional de Brucelose e Tuberculose do Mapa. Anualmente fazemos um ou dois cursos para treinar veterinários que vão atuar em campo”, esclarece.

“Quem se beneficia dos serviços do IPVDF são produtores rurais, por meio de médicos veterinários, e órgãos como a Emater/RS-Ascar”, pontua Karam. Como o médico veterinário autônomo Mauricio Tietzmann, que trabalha com grandes e pequenos animais na região de Encruzilhada do Sul, onde mora, e no eixo da BR 290, de Arroio dos Ratos até a fronteira com o Uruguai, além do Vale do Rio Pardo.

“Eu me formei em 2003 pela Ulbra Canoas e utilizo os serviços do IPVDF desde o início da faculdade, porque lá tem ótimos profissionais, qualificados, dedicados e com grande experiência teórica e prática. São acessíveis e dispostos a ajudar e a ensinar”, destaca.

Ele afirma que o IPVDF sempre foi referência em pesquisas veterinárias e em diagnósticos de exames e doenças. “Também trabalham com prevenção de doenças no combate a zoonoses (doenças de animais que são transmitidas aos humanos)”, explica.

“Na minha área de atuação, utilizo serviço de necrópsia e histopatologia; controle e diagnóstico de doenças virais como raiva, ibr/bvd, papilomas vírus; doenças parasitárias e controle de endo e ectoparasitas através de exames como OPG e ovopostura de carrapatos; além de outros”, destaca o veterinário.

Segundo Tietzmann, são muitas áreas de conhecimento e especializações veterinárias que o auxiliam no diagnóstico, controle e prevenção de doenças nos animais de produção e domésticos. “Uma inovação que destaco é o atendimento via WhatsApp para o esclarecimento de dúvidas. Essa ferramenta agilizou os processos”, comenta.

“A publicação de folders informativos, material científico no site do Instituto e os cursos ajudam na divulgação e na formação do conhecimento. Vida longa ao IPVDF e que cada vez mais os estudantes e profissionais médicos veterinários utilizem sua estrutura física e técnica para o aprendizado”, finaliza Tietzmann.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

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