Cavalo Crioulo no Hipismo em Santa Catarina

Um país de dimensões continentais, como é o caso do Brasil, abrange as mais diferentes culturas e costumes de seu povo. A lida com o Cavalo não é diferente. Em muitas regiões do Brasil existem diferentes modalidades esportivas que envolvem diversas raças equinas, onde o Cavalo Crioulo também se faz presente. Além de modalidades que já são oficiais do Cavalo Crioulo, que são praticadas por muitos em regiões como o centro-oeste (como o Ranch Sorting), existem outras que a raça Crioulo marca a presença, como a prova de Três Tambores e até mesmo o Hipismo. 

Por sua adaptação e docilidade, e se provando um cavalo atleta, o Cavalo Crioulo tem destaque em modalidades que não são oficiais da raça, como é o caso do salto no Hipismo. Em Santa Catarina, por exemplo, o Cavalo Crioulo tem ganhado destaque nas provas do Estado, sendo um exemplar já campeão catarinense, de categorias e de Amazonas. É o “Zé Colmeia”, nome carinhoso que a jovem Amazona Manu Meyer Sandri chama o exemplar da raça Crioula Último Copo de Santa Angélica, que já se consagrou Tri Campeão Brasileiro de Hipismo de Escolas nos 60 e 80cm e disputa as provas com a Amazona desde 2021.

Manu também monta a “Florença”, Abusada do Vinte e Oito, uma baia ruana bragada que salta 90cm. A Amazona faz parte da Escola de Hipismo SAPE, em Santa Catarina. Uma de suas fundadoras, Gabriela Cherubini, se considera uma apaixonada pela raça Crioula. “Eu pratico hipismo há 22 anos, e em outubro de 2020 fundamos a SAPE escola de hipismo. O Cavalo Crioulo é o melhor cavalo pra escolinha! Pelo temperamento, são cavalos calmos, obedientes e muito frenteiros, não costumam ter medo de nada! Além de serem cavalos muito rústicos e nunca sentem nada!”, relata Gabriela.

Provando a sua adaptação as mais diferentes provas e desafios, Gabriela relata a facilidade que o Cavalo Crioulo tem para quem está começando a praticar os saltos do hipismo. “No salto eu arrisco dizer que é o melhor cavalo pra aprender a saltar! Eles são atléticos e elásticos, e principalmente porque eles não se ressentem quando o cavaleiro erra a distância, eles vão de novo como se não fosse nada, são muito solícitos!”, afirma a fundadora da escola.

Com quatro Cavalos Crioulos em sua Escola, Gabriela fala das provas que eles participam, e ainda revela que apesar de ser menor em relação ao Cavalo Brasileiro de Hipismo (que tem uma altura superior a 1,65), já fez importantes provas saltando mais de 1 metro. “As provas de escola são: varinha no chão, 40cm, 60cm e 80cm e nessas categorias aqui no sul, quem domina são os Cavalos Crioulos e mestiços de crioulos! E eles só não saltam mais alto pela altura deles, que são cavalos mais baixos, mas eu já saltei prova de 1m e 1,20cm isolado com um Crioulo!”, revela.

Fonte: ABCCC

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