Sema certifica extrativismo sustentável em comunidade quilombola

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio da Divisão de Flora, em conjunto com a equipe técnica da Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande, emitiu o primeiro certificado de extrativismo sustentável para a comunidade quilombola Anastácia, localizada no município de Viamão. 

A certificação ampara o manejo ecológico para fins comerciais da espécie Coleataenia prionitis (Nees) Soreng (capim-santa-fé), extraída de uma área 64 hectares do quilombo que se encontra inserido nos limites da Zona de Adequação Ambiental prevista no Plano de Manejo da APA do Banhado Grande. Além disso, o documento autoriza o cultivo do capim no viveiro artesanal da comunidade.

O capim-santa-fé ocorre em ambientes de inundação periódica, além de ambientes de água doce.
O capim-santa-fé ocorre em ambientes de inundação periódica, além de ambientes de água doce. – Foto: Divisão de Flora/Sema

O extrativismo sustentável de capim-santa-fé tem como objetivo promover alternativas de renda para a comunidade quilombola, valorizar ambientes fragilizados, como as margens da planície de inundação do rio Gravataí, a partir de seu manejo ecológico, além de incentivar a interação entre a comunidade quilombola e a aldeia Guarani do entorno (Tekoá Jataí’ty).

O capim-santa-fé ocorre em ambientes de inundação periódica – banhados e campos alagadiços -, além de ambientes de água doce, como rios e canais, sendo extremamente importante como fixador de sedimentos nas margens destes cursos d’água e na prevenção de alagamentos, além de servir como abrigo para a fauna silvestre, possibilitando uma cadeia alimentar característica de ambientes alagados.

Segundo a chefe da Divisão de Flora, Angélica Ritter, “a certificação de extrativismo sustentável visa legalizar o manejo e o uso de espécies nativas, sendo destinada a agricultores e comunidades que desejam fazer a extração ou coleta de produtos como frutos, folhas, sementes, cascas, bulbos e óleos essenciais em áreas de vegetação nativa em seus diversos estágios de sucessão”.

Para saber mais sobre o Certificado Agroflorestal e Extrativista, acesse aqui.

Fonte: SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E INFRAESTRUTURA

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