Crioulaço: as novidades da primeira Final da raça em 2022

Foi em Esmeralda, no Rio Grande do Sul, na década de 1950, que a primeira prova de Tiro de Laço foi disputada no Brasil. De lá para cá a modalidade atrai cada vez mais laçadores e laçadoras. Observando a expansão do Laço, em 1992 a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) oficializa a modalidade, recebendo o nome de Crioulaço. O primeiro evento oficial da raça crioula, realizado na cidade de Cacequi, atraiu o expressivo número de 110 duplas, e provou mais uma vez as características únicas da raça e o cavalo atleta que é para a prática deste esporte. 

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Na última semana de inscrições para a primeira final da raça em 2022, vamos conhecer as novidades do Crioulaço, já que categorias se tornam oficiais a partir desse ciclo. Elas chegam para proporcionar que mais Cavalos Crioulos estejam no tiro de laço e assim contribuindo cada vez mais com a evolução  e a expansão da raça pelo Brasil. Entram em cena (além do Crioulaço e Laço Criador) o Laço Prenda e Potro de Ouro. 

Laço também é coisa de mulher

Sempre buscando novas oportunidades para aqueles que sonham em disputar uma modalidade da raça crioula, neste ano está oficializada a categoria do Laço Prenda. Serão três categorias: força A, B e C, sem limite de idade, onde todos os conjuntos terão 4 passadas, classificando-se para a fase final as competidoras com no mínimo duas armadas acertadas. Serão cerca de R$ 10 mil em premiações entre as três categorias femininas. 

Para a laçadora Natasha Wirtti, que já confirmou presença na edição deste ano, a força das mulheres faz a modalidade crescer a cada dia dentro da raça e destaca a iniciativa de valorização por parte da Associação deste momento. “A categoria feminina é a que mais cresce no cenário do laço em nível nacional hoje em dia e a iniciativa da ABCCC de trazer a laçada feminina como uma modalidade oficial e dar a maior premiação que o cavalo crioulo deu nessa modalidade é muito importante para que cada vez mais mulheres estejam e tragam suas famílias para junto do cavalo. Esse ano serão R$ 10 mil em premiações somente na modalidade feminina, divididos em três forças, dando a oportunidade para todas, independente do seu nível de laço”.

A laçadora projeta que essa iniciativa pode abrir outras portas para futuras novas categorias dentro do Laço no Cavalo Crioulo, como a possibilidade do Laço Criadora, já que o Laço Criador já é uma das quatro categorias oficiais dentro da Associação. “É a primeira porta que está se abrindo para futuramente ter a modalidade de criadora, já que muitas mulheres são criadoras e seria muito legal, cada vez mais as mulheres vão estar juntas fortalecendo a associação”, argumenta Natasha. 

“Potro de Ouro” é outra novidade no Crioulaço

Dentro da modalidade surge outra categoria oficial do Crioulaço: o Potro de Ouro. Nessa nova categoria, podem ser inscritos animais com até 40 meses de idade e estes estarem inscritos no Crioulaço (duplas) ou no Laço Criador. 

Para Luiz Martins Bastos Neto, a iniciativa surge através do crescimento do laço em potros nos últimos anos e que “a ideia da categoria de potros foi do Marcelinho [coordenador da Subcomissão do Laço], me perguntou o que achava e disse que era uma baita ideia, pensando no aumento de participantes e aumentou um mercado interessante na venda de potros e potras”. 

Neto lembra que a oficialização desta categoria vai contribuir para um crescimento cada vez maior, incentivando não somente a competição, mas também o mercado de leilões de potros, algo que já é visto em outras modalidades da raça. “O crescimento dessa categoria nos crioulaços será maior. Assim como tem leilões que vendem potros que participam de provas de Doma de Ouro, tem muitos leilões para a participação em crioulaços e também na Final, um mercado importante para os criadores e fomenta a Final do Crioulaço”, fianliza.

Fonte: ABCCC

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