Colheita do arroz é aberta oficialmente no Rio Grande do Sul
Evento foi realizado em Estação Experimental da Embrapa em Capão do Leão
A 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas encerrou sua programação na sexta-feira, 18 de fevereiro, com o acionamento das colheitadeiras em ato simbólico na lavoura batizada de Breno Prates em homenagem ao fundador da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). O ato contou com a presença de representantes de entidades do agronegócio e diversas autoridades e parlamentares.
A Farsul foi representada pelo diretor vice-presidente, Domingos Lopes. Em sua fala, Lopes comentou sobre o atual momento da agropecuária afetada pela estiagem. O dirigente falou das ações que a Farsul vem tomando, juntamente com outras entidades, para minimizar os impactos da seca. Lopes lembrou das dificuldades para a implantação da irrigação em propriedades gaúchas e a necessidade de ampliação das áreas seguradas.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, saudou os produtores presentes salientando que durante os três dias de evento passaram pelo local mais de nove mil pessoas. Informou também que mais de 100 empresas participaram, assim como estiveram presentes pessoas de 20 Estados do Brasil e de dez países. Velho lembrou que o Rio Grande do Sul é protagonista na produção nacional, colocando que mais de 200 municípios gaúchos dependem do arroz na sua economia. “Nós, desta cadeia produtiva, temos a responsabilidade em garantir a segurança alimentar brasileira. A eficiência dos produtores, em uma produção que cada vez mais vai para a rotação de culturas, é inegável”, destacou, lembrando a exigência de uma gestão cada vez maior.
Disse, ainda, que a lavoura de arroz é sustentável e responsável e há a necessidade de desburocratizar e agilizar as licenças ambientais para a construção das barragens e açudes com relação à armazenagem de água. “Temos problemas sim com relação à seca no Estado, principalmente nas regiões da Fronteira Oeste e Central. Nós precisamos antecipar as soluções”, colocou, ressaltando que é preciso buscar estabilidade produtiva por meio de sistemas de irrigação, “mas para isso temos que ter a fonte do recurso hídrico”.
O presidente da Federarroz destacou que a Abertura da Colheita é um evento técnico que visa trazer informação, um insumo fundamental para a gestão eficiente das propriedades rurais. “Neste novo normal a sociedade gaúcha e brasileira vai valorizar não só o produtor de arroz, mas o produtor de grãos, o agricultor que tem uma indústria a céu aberto e que precisa ser respeitada, com apoio em todos os setores, desde o crédito, o seguro e a comercialização, tudo que envolve e interfere nessa importante cadeia”, pontuou.
A 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas realizada na sede da Embrapa em Capão do Leão (RS) teve a organização da Federarroz, com a correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Fonte: Farsul