Cruz Alta recebe a Abertura Oficial da Colheita do Trigo no RS

A Abertura Oficial da Colheita do Trigo –Safra 2021 – no Rio Grande do Sul ocorreu nesta segunda-feira (18/10), na Fazenda Santa Terezinha, do Grupo Sementes Aurora, em Cruz Alta. A coordenação é da XVI Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo) – que ocorrerá de 18 a 22 de maio de 2022-, com apoio da Prefeitura do município. A expectativa é de que sejam colhidas, em 2021, 3,781 milhões de toneladas do grão no Estado. A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, prestigiou o evento, representando o governador Eduardo Leite.

secretária silvana na colheita do trigo
Secretária Silvana representou o governador Eduardo Leite. Foto: Evandro Oliveira/SEAPDR

Silvana disse que o trigo representa a vida. “A Fenatrigo consolida a força da triticultura gaúcha. Com muita pesquisa e tecnologia aqui empregada, o trigo gaúcho deixou a desconfiança de lado para alçar os mais altos níveis de qualidade. Isso fez diminuir a importação e aumentar a valorização do nosso produtor. A cultura do trigo é tradicionalmente a cultura de inverno mais semeada no Rio Grande do Sul. Nosso Estado deve ter no ano de 2021, a melhor produção de trigo na história”, afirmou.

Segundo a secretária, hoje o produto que somou 2,260 milhões de toneladas em 2020 chega ao recorde histórico de 3,781 milhões de toneladas, um aumento de 67,3 %. “Atualmente, o agronegócio representa 40% do PIB do Rio Grande do Sul. E nós, como governo, queremos ser incentivadores e promotores de políticas públicas que possam tornar o nosso estado um grande produtor de alimento. Sou uma mulher que acredita no produtor rural, que acredita na agricultura do Rio Grande do Sul”, concluiu.

Mauro de Bortoli, produtor e proprietário da Sementes Aurora, disse que o objetivo era falar de trigo. “Nós, agricultores-raiz, a gente se sente muito orgulhoso de sediar esse evento, era um sonho antigo. O trigo faz parte da nossa história desde o final da década de 1960. Todos sabemos da dificuldade que é hoje produzir trigo. Por exemplo, temos uma lavoura bonita até quase na hora de colher e, infelizmente, o clima vem e faz a parte dele. Mas nós seguimos fazendo a nossa parte”.

O presidente da XVI Fenatrigo, Moacir Magalhães Medeiros, por sua vez, agradeceu a presença de todos. “Isso muito nos anima nessa retomada que a gente está tendo ainda na pandemia. É um momento ímpar estarmos aqui. Hoje o tempo colaborou conosco, mas, infelizmente, não colaborou no final da nossa lavoura, mas vamos em busca de bons resultados”, garantiu.

A prefeita de Cruz Alta, Paula Librelotto, falou que “o trigo não é só bíblico, não é mais só um cereal, ele é o que faz o principal alimento do mundo hoje: o pão. E é por isso que eu agradeço a todos que prestigiam esse evento hoje, como entidades civis e militares, agricultores, empresários, produtores, famílias que cultivam esse cereal há décadas”.

Paula citou que o evento integra os 200 anos de Cruz Alta. “Nesses 200 anos, muito temos comemorado, mas hoje temos que comemorar a riqueza natural que temos em Cruz Alta. O nosso solo, a nossa água é o que torna o município hoje a capital da irrigação no Rio Grande do Sul. Somos o município com a maior área irrigada do Estado e da região Sul do país. E o nosso dever é não atrapalhar quem toca a economia, quem produz. O poder público tem que fazer muito por vocês, porque precisamos de vocês”.

Sobre a cultura do trigo

A Região Sul do Brasil deve responder por 92% da produção tritícola nacional em 2021. Serão colhidas cerca de 7,547 milhões de toneladas, num total de 8,191 milhões de toneladas no Brasil segundo a CONAB. O país não é autossuficiente na produção de trigo, necessitando importar anualmente aproximadamente seis milhões de toneladas para suprir a demanda nacional, principalmente da Argentina.

No Rio Grande do Sul o plantio foi iniciado em meados de maio na região das Missões e se estendeu até final de julho na região dos Campos de Cima da Serra de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. A colheita se intensifica no Estado a partir de outubro e se estende até final de novembro, dependendo da região e do ciclo da cultivar utilizada.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

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