Ceasa garante alimentos mais seguros para o consumidor final

O Grupo de Trabalho Alimento Seguro coordenado pela Ceasa – sociedade de economia mista vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural – apresentou esta semana o resultado das análises laboratoriais de resíduos de agrotóxicos em hortifrútis coletados em 2020, e fez um balanço dos últimos três anos de monitoramento. O resultado demonstra a eficiência dos serviços de orientação da cadeia produtiva que comercializa seus produtos no maior entreposto de hortifrutigranjeiros do Estado.

No ano passado, foram analisadas 101 amostras de oito produtos (cenoura, banana, alface, abobrinha italiana, pepino, morango, pêssego e tomate) de agricultores residentes em 27 municípios gaúchos. Segundo laudos técnicos, 73 (72%) foram consideradas satisfatórias e 28 (28%) insatisfatórias. O número de amostras de 2020 foi inferior ao de anos anteriores em virtude da pandemia do coronavírus, que impôs restrições de funcionamento em várias atividades da economia, entre elas a exercida pelos laboratórios.

Ações resultaram em aumento do percentual de satisfação

De acordo com o gerente técnico da Ceasa, Claiton Colvelo, as ações realizadas entre 2018 e 2020 resultaram no aumento do índice de produtos considerados satisfatórios e na redução do percentual de hortifrútis com inconformidades, mas sem potencial de risco à saúde, segundo o que preconiza a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ou seja, a maioria das frutas, legumes e verduras analisadas estava em conformidade com a legislação que regra este segmento.

Segundo o levantamento, o índice de amostras satisfatórias passou de 61% (2018) para 66% (2019) e 72% (2020). No mesmo período, foi registrada redução do índice de amostras insatisfatórias. De 39% em 2018, para 34% em 2019 e 28% em 2020.

O programa de monitoramento da qualidade de alimentos da Ceasa é o único em atividade neste momento no Rio Grande do Sul, tendo funcionado inclusive durante a pandemia. No âmbito nacional, a Ceasa é uma das únicas que mantém controle rigoroso sobre os hortifrutigranjeiros comercializados, servindo de modelo para administrações das Centrais de Abastecimento de outros Estados.

A partir de 2021, as análises passaram a ser efetuadas por três laboratórios diferentes, de Viamão, de Caxias do Sul e do Estado de São Paulo. A maior parte das análises tem seu custo subsidiado pelo Bônus Metrologia (Rede Metrológica-RS e Sebrae-RS). De acordo com o presidente Ailton dos Santos Machado, graças às ações implementadas pelo GT Alimento Seguro, a expectativa é de os índices de amostras satisfatórias continuem subindo e os de amostras insatisfatórias sigam caindo nos próximos anos.

Coleta de amostras de hortifrútis feita no Pavilhão dos Produtores no ano passado
Coleta de amostras de hortifrútis feita no Pavilhão dos Produtores no ano passado – Foto: Assessoria de Comunicação da Ceasa / Divulgação

GT Alimento Seguro

O Grupo de Trabalho Alimento Seguro, formado por representantes de vários órgãos e entidades, foi criado em 2017. Ele monitora e estimula a redução dos índices de uso inadequado de agrotóxicos nos hortifrutigranjeiros comercializados na Ceasa. A metodologia de trabalho se dá por meio de orientações técnicas e análises laboratoriais das amostras coletadas.

O que é feito

– Coletas de amostras no mercado da Ceasa

– Análises laboratoriais de resíduos de agrotóxicos

– Ações educativas junto aos produtores rurais, técnicos e agentes da cadeia produtiva de hortifrutigranjeiros

– Monitoramento dos resultados

Cursos e seminários

O Curso de Boas Práticas Agrícolas também é importante. As aulas, em parceria com a Emater/RS-Ascar, capacitaram 2,2 mil produtores da Ceasa. Outras instituições participantes do GT também oferecem cursos similares e de treinamento e capacitação na área agrícola. A realização de seminários pelo interior do Estado contribuiu para orientação e conscientização dos pequenos produtores rurais. A própria distribuição da Cartilha da Rastreabilidade tem essa função, serve de auxílio para conectar o produtor com o futuro, garantindo a segurança para o consumidor e a expansão do mercado para aqueles que produzem.

Entidades, órgãos e instituições que participam do GT Alimento Seguro:

– Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS)

– Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR)

– Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS/Ascar)

– Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS)

– Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul)

– Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS)

– Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

– Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

– Centro de Apoio Operacional do Consumidor e da Ordem Econômica do Ministério Público (MP/RS)

– Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag)

– Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

– Secretaria Estadual de Saúde (DVS/CEVS/SES-RS)

– Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS)

– Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD/Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA)

– Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (CGVS)

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

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