Vilson Souza e o troféu do reconhecimento
Foi um ano difícil para Vilson Souza aquele 1997. Um acidente na BR 290, na volta de uma credenciadora na serra, resultou numa fratura do maxilar em dois lugares. A primeira consequência foi a não participação na classificatória de Montevidéu. O filho Cayetano o substituiu e conseguiu classificar dois animais, macho e fêmea, ambos em primeiro lugar. Logo depois, no entanto, Vilson forcejou e correu a final do Freio, em Esteio. Teve uma performance discreta. Mas foi recompensado pelo brio de se levantar daquela rodada do acidente e reconhecido pela ABCCC. Ganhou naquela edição o troféu Ginete do Ano. Em 2006, essa premiação passou a se chamar “Troféu Vilson Souza”.
Guto Freire, Vilson Souza e Chico Fleck, no Freio de Ouro 2019
(Crédito: Fagner Almeida)
A relação de Vilson, a associação e os criadores sempre foi marcada por reconhecimento e colaboração. A ex-presidente da ABCCC, Elisabeth Lemos, revela atributos que vão além da habilidade do cavaleiro. “Ele foi pioneiro na maneira com que apresentava suas montarias e na maneira fidalga de sua própria apresentação. Exemplo de seriedade, educação, simplicidade e, ao mesmo tempo, altivez natural, que mesmo sem privar de sua amizade, as pessoas sentem o seu inegável valor.
Cezar Schirmer e Vilson Souza, no Freio de Ouro 1997
(Crédito: Revista Raça Crioula 97)
A biografia de Vilson Souza é isso: o homem e seus valores. A dimensão humana do ginete do século.
Fonte: ABCCC