Soja: veja dicas sobre o que deve mexer com os preços nesta semana
Além dos impactos já conhecidos do coronavírus, as movimentações de Argentina, Estados Unidos e Brasil podem afetar as cotações na Bolsa e nos mercados internos
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
- As
atenções do mercado de soja permanecem centralizadas na pandemia de
coronavírus e seus impactos econômicos nas principais economias do
mundo. No lado fundamental, os players também acompanham a situação da
safra na América do Sul e sua logística, além dos movimentos da demanda
chinesa no mercado internacional.
. - Os
mercados de renda variável continuam registrando grande volatilidade
diante das incertezas relacionadas aos impactos econômicos e sociais da
pandemia ao redor do mundo. Tal volatilidade deve continuar pelas
próximas semanas, com os mercados respondendo diretamente a novidades
(positivas ou negativas) relacionadas ao combate da doença e aos
estímulos governamentais na esfera econômica.
. - O
fato de que os Estados Unidos agora se tornaram o país com mais casos
da doença no mundo deve ser mais um fator preocupante daqui para frente
no âmbito social. Apesar disso, a recente aprovação, também nos EUA, do
maior pacote de estímulos econômicos da história é fator positivo no
âmbito da economia. O momento traz uma grande dificuldade para se fazer
previsões sobre os mercados.
. - A
única previsão possível é que, como ainda não chegamos no pico da
pandemia no Brasil e nos EUA, alguns fatores ainda podem piorar, antes
de melhorar.
. - A
colheita brasileira avança para a reta final nos estados da faixa
central do país, revelando grande produtividades. Apesar disso, a
evolução dos trabalhos também revela que as perdas no Rio Grande do Sul
foram muito grandes nesta temporada. Mesmo assim, a produção brasileira
está se consolidando como um novo recorde (124,19 milhões de toneladas).
. - Na Argentina, além de alguns problemas produtivos que devem culminar em uma produção de 52 milhões de toneladas nesta temporada, a soma de problemas logísticos derivados do “lockdown” nacional somados ao aumento das retenciones sobre o complexo soja continuam a atrapalhar a cadeia da oleaginosa. Neste momento, tais problemas se tornam um fator fundamental de sustentação para Chicago, mesmo que de forma pontual.
Fonte: Agência Safras