Redução no consumo de tabaco preocupa a Faesc

A pandemia do novo coronavírus que atinge todos os continentes provocou a queda mundial do consumo de tabaco. Santa Catarina – segundo maior produtor brasileiro – sentiu esse efeito. As exportações do País no primeiro semestre deste ano (186,3 mil toneladas) caíram 24% em volume e 35% em receita cambial em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), a queda de consumo e as dificuldades logísticas – dois problemas causados pela Covid-19 – levaram a China a reduzir as importações do tabaco brasileiro. As previsões não são boas para os fumicultores, projeta o vice-presidente Enori Barbieri. O desempenho do ano passado não deve se repetir em 2020. Em 2019 foi escoada parte da carga contratada ainda em 2018, o que elevou os embarques para mais de 548 mil toneladas no ano e receitas de US$ 2,138 bilhões.

O dirigente acredita que, teoricamente, as vendas do segundo semestre poderão recuperar as perdas do primeiro semestre porque os maiores volumes de negócios são tradicionalmente fechados entre julho e agosto. Contudo, o avanço da pandemia deve manter o consumo em baixa.

A exportação de tabaco representou 62% do total produzido no País, em média, no período de 2010 a 2019. Em 2019, quando 54% da produção brasileira foi exportada, o resultado permitiu manter o posto de maior exportador mundial do produto, com base em dados parciais até o mês de setembro. A maior parte da produção brasileira tem como destino o mercado internacional em decorrência de sua qualidade.

A produção catarinense de tabaco contribuiu para que o Brasil se mantivesse como líder exportacionista mundial nos últimos 25 anos, destinando para o mercado internacional a maior parte da sua produção. Santa Catarina cultiva 93.159 hectares de fumo para uma produção estimada de 214.669,33 toneladas. O Brasil é o terceiro produtor mundial (China e Índia) com 398.000 hectares cultivados para uma produção nacional de 881.000 toneladas. O presidente José Zeferino Pedrozo informou que a Faesc iniciará articulações no âmbito do Foniagro (Fórum Nacional de Integração do Tabaco) para a melhoria do preço pago aos produtores.

Fonte: Fecoagro/MB Comunicação

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