IGP-M sobe 1,46% na 1ª prévia de agosto
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,46% no primeiro decêndio de agosto. No primeiro decêndio de julho, este índice apresentou taxa de 1,18%.
“Nesta edição do IGP-M, o IPA e o INCC continuam respondendo majoritariamente pela aceleração do índice. A inflação ao produtor segue influenciada por commodities de peso como soja (2,83%) e minério de ferro (1,73%). Já a construção civil acelera influenciada pela alta de materiais para estrutura (1,62%) e mão de obra (1,35%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,85% no primeiro decêndio de agosto. No mesmo período do mês de julho, o índice subira 1,56%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 0,90% em agosto, após variar 0,21% em julho. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -12,88% para -5,66%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 1,78% no primeiro decêndio de julho para 2,30% no primeiro decêndio de agosto. Este avanço foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,00% para 1,72%.
A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 2,67% no primeiro decêndio de julho para 2,32% no primeiro decêndio de agosto. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (6,29% para 2,83%), bovinos (6,37% para 2,37%) e aves (8,26% para 1,93%). Em sentido oposto, vale citar cana-de-açúcar (0,04% para 3,05%), suínos (1,64% para 21,43%) e milho em grão (-0,99% para 2,36%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou de 0,47% no primeiro decêndio de julho para 0,32% no primeiro decêndio de agosto. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,90% para -0,93%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 15,96% para -8,50%.
Também foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Transportes (1,65% para 0,92%), Vestuário (-0,42% para -0,81%) e Comunicação (0,55% para 0,41%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos seguintes itens: gasolina (5,07% para 2,96%), roupas (-0,25% para -0,83%) e tarifa de telefone móvel (0,19% para -0,19%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,02% para 0,43%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,54%), Habitação (0,07% para 0,29%) e Despesas Diversas (0,05% para 0,19%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos comportamento dos itens hortaliças e legumes (-9,36% para -6,35%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,66% para 0,56%), tarifa de eletricidade residencial (-0,42% para 0,89%) e conserto de bicicleta (1,09% para 2,54%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% no primeiro decêndio de agosto, taxa superior a apurada no mês anterior, quando o índice foi de 0,19%. Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de julho para o primeiro decêndio de agosto: Materiais e Equipamentos (0,50% para 1,41%), Serviços (0,03% para 0,18%) e Mão de Obra (0,00% para 1,35%).
Fonte: Instituto Brasileiro de Economia