EUA: restaurantes fechados afetam renda de produtores de vegetais

Alguns agricultores estão verificando se são elegíveis para ajuda federal sob o recente pacote de estímulo de US$ 2 trilhões do governo norte-americano

O fechamento temporário de restaurantes por causa do coronavírus já está afetando a renda de produtores de frutas, verduras e legumes nos Estados Unidos, e alguns estão verificando se são elegíveis para ajuda federal sob o recente pacote de estímulo de US$ 2 trilhões do governo norte-americano.

O pacote inclui US$ 9,5 bilhões em ajuda a produtores rurais prejudicados pela pandemia e US$ 14 bilhões para recompor os recursos da Commodity Credit Corporation (CCC), do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Os recursos da CCC são usados para financiar vários programas para o setor agrícola, como a ajuda federal, em 2018 e 2019, a produtores afetados por disputas comerciais.

O proprietário da GreenGate, que fornece vegetais exclusivamente para restaurantes e instituições como escolas, disse que a demanda por seus produtos caiu 70% quase de um dia para o outro. Por isso, teve de destruir cerca de 100 hectares de produtos como alface e brócoli – que tiveram custo de produção de cerca de US$ 1,3 milhão em campos no sudoeste do Arizona. Na Califórnia, a companhia pode colher menos da metade dos vegetais que já foram plantados.

Outra grande produtora de vegetais que fornece para redes como a Wendy’s disse que a queda da demanda de restaurantes levou a companhia a destruir vários hectares de verduras nas últimas semanas. A empresa reduziu o número de funcionários e salários. Agora, está tentando receber de distribuidores e verificando se é elegível para a ajuda do governo.

Harold McClarty, proprietário da HMC Farms, na Califórnia, que produz e distribui frutas como pêssego, ameixa e uva, disse que sua empresa está doando mais de 90 toneladas de uva por semana para bancos de alimentos desde a queda abrupta da demanda de restaurantes. “É um incrível efeito dominó”, disse. “É um desastre, e não estamos nem perto do fim.”

Fonte: Estadão Conteúdo

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