‘Entrada de gafanhotos no Brasil ainda não está descartada’, diz fiscal agropecuário

Apesar da possibilidade, o combate feito pelos argentinos e o comportamento dos insetos indicam que a nuvem deve perder ainda mais força nos próximos dias

O monitoramento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indica que, até o momento, estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro. O trabalho do Mapa segue em ritmo de alerta em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além de unidades federais de vigilância agropecuária localizadas na fronteira com o Rio Grande do Sul.

Segundo o fiscal agropecuário, Juliano Ritter, a chegada dos insetos ao Brasil ainda não foi descartada. “A gente não pode descartar a possibilidade dessa nuvem chegar ao país em função da mudança climática, com o vento começando a soprar sudoeste e depois para oeste nesta terça-feira, 30. Por isso, ainda há a possibilidade dessa praga entrar no nosso estado (Rio Grande do Sul)”, disse.

Segundo ele, a nuvem diminuiu de tamanho após aplicações de defensivos feitas pelos argentinos. “As informações que nós temos é de que na sexta-feira eles fizeram uma aplicação aérea. Não teve muita eficiência no controle, na casa dos 15%. Não sabemos se é resistência, produto ou problemas para atingir o alvo. Ontem, domingo, o controle foi feito via terrestre, com pulverizadores costais. E começaram a testar outras doses dos produtos”, explicou.

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Caso os gafanhotos entrem no Brasil, o Ministério da Agricultura e a secretaria estadual de agricultura estão preparadas para uma ação. “Vamos avaliar onde ingressou, qual o tipo de ambiente e formação da nuvem para definir quais produtos e como combater. Temos dois produtos ativos para o combate a essas pragas e até amanhã, terça,  o Ministério da Agricultura deve liberar outros produtos, para aumentar a gama de produtos para que possamos utilizar caso essa praga possa entrar no nosso estado’, finalizou.

Fonte: Canal Rural

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