Economia do Brasil encolherá 5,2% por causa do Covid-19

Segundo Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a América Latina sofrerá pior crise social em décadas, com milhões de pessoas passando por desemprego e pobreza

A pandemia provocada pelo novo coronavírus fará a economia brasileira encolher 5,2% neste ano, prevê a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo o órgão, vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá a pior crise social em décadas, com milhões de pessoas passando por desemprego e pobreza.

O número está próximo da previsão para o impacto na América Latina, cuja economia se contrairá 5,3% em 2020, o pior desempenho desde que começaram os levantamentos no continente, em 1900. Os principais impactos econômicos sobre a região virão da queda no valor das matérias-primas, da qual dependem as exportações de muitos países, inclusive o Brasil, e da paralisação de setores como o turismo.

De acordo com a Cepal, os países mais afetados pela crise econômica provocada pela covid-19 serão:

  1. Venezuela (-18%);
  2. México (-6,5%);
  3. Argentina (-6,5%);
  4. Equador (-6,5%);
  5. Nicarágua (-5,9%);
  6. Brasil (-5,2%);
  7. Chile (-4%);
  8. Peru (-4%);
  9. Uruguai (-4%);
  10. Cuba (-3,7%);
  11. Costa Rica (-3,6%);
  12. Haiti (-3,1%);
  13. El Salvador (-3%);
  14. Bolívia (-3%);
  15. países do Caribe (-2,5%).

As economias menos impactadas pela pandemia serão Guatemala (-1,3%), Paraguai (-1,4%), Panamá (-2%), Colômbia (-2,6%) e Honduras (-2,8%). A República Dominicana, de acordo com as projeções, será o único país da América Latina e do Caribe a não registrar recessão, com variação de 0% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país).

Antes da pandemia de covid-19, a Cepal estimava que a América Latina e o Caribe cresceriam 1,3% em 2020. No ano passado, o crescimento somou apenas 0,1% na região, de 626 milhões de habitantes e com altos índices de desigualdade.

Fonte: Agência Brasil

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