Dólar sobe com cautela após recorde de casos de Covid-19 nos EUA e atinge R$ 5,65
Nos Estados Unidos, foi alcançado o novo recorde de casos diários, com mais de 83 mil infecções na sexta-feira e no sábado, segundo dados na Universidade Johns Hopkins
O dólar comercial sobe ante o real em dia de maior aversão ao risco após recorde de novos casos de coronavírus nos Estados Unidos e ao contínuo avanços de infecções na Europa, o que está levando a novas medidas de restrição social. Além disso, a demora para se chegar a um acordo sobre um novo pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos também preocupa investidores.
Às 9h40 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,49%, a R$ 5,6590 na venda, enquanto o dólar futuro, com vencimento em novembro, tinha alta de 0,63%, a R$ 5,658.
“Abrimos a última semana de outubro com mercados avessos ao risco, tendo no radar preocupações adicionais com a pandemia na Europa e nos Estados Unidos, assim como desconforto com o interminável impasse político no âmbito do pacote de estímulos norte-americano”, disseram os analistas da Commcor Corretora, em relatório.
Nos Estados Unidos, foi alcançado o novo recorde de casos diários, com mais de 83 mil infecções na sexta-feira e no sábado, segundo dados na Universidade Johns Hopkins. Países europeus também seguem tomando mais medidas de restrição diante da segunda onda de covid-19 na região, caso da Espanha, que declarou estado nacional de emergência e anunciou um toque de recolher das 23h às 6h.
Já em relação aos estímulos fiscais, a expectativa é que o secretário do Tesouro, Steve Minuchin e a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi voltarão a discutir o assunto essa semana, depois de afirmarem que houve
avanços nas negociações na semana passada. No entanto, investidores se mostram céticos devido à proximidade das eleições presidenciais, no dia 3 de novembro.
Na cena doméstica, os analistas lembram que segue no foco a “delicada situação fiscal” e um Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado na semana passada, combinação que vem desafiando o Comitê de Política Monetária (Copom), que decida sobre os juros esta semana e pode dar novas sinalizações.
Fonte: Agência Safras