China deve desacelerar importações de carne bovina no 1º semestre

A China deve desacelerar as importações totais de carne bovina no primeiro semestre já que não utilizou todos os estoques do produto congelado em janeiro, avaliam analistas do Rabobank em relatório divulgado à imprensa na quinta-feira (27).

Carne bovina congelada foi estocada em preparação para o Ano Novo Chinês, mas o surto de coronavírus no país reduziu a demanda que era esperada para o período, segundo o banco.

Em janeiro, houve diminuição nas atividades do setor de food service no país, com muitos estabelecimentos fechados e demanda fraca enquanto os chineses ficaram reclusos em suas casas para evitar o contágio da doença.

“Estabelecimentos de food service irão provavelmente continuar fechados em algumas regiões até março enquanto, em outras áreas, as pessoas poderão evitar comer fora”, escreveram os analistas do Rabobank no relatório.

“Essa redução no volume de vendas significa que a demanda por carne bovina será mais fraca que em outros anos no primeiro semestre. Além disso, muitos importadores enfrentam o desafio de fluxo de caixa limitado devido aos estoques não vendidos nos portos e perdas financeiras incorridas com a queda de preços no final de 2019”, disseram os analistas.

O Rabobank considera como cenário mais provável que as importações de carne bovina da China retomem o ritmo normal no terceiro trimestre, mas isto também pode ocorrer ao longo do segundo trimestre.

“Apesar disso, esperamos que as importações de carne bovina da China continuem a crescer em 2020”, disseram os analistas.

Executivos da Marfrig e da Minerva disseram em teleconferências com analistas na semana passada que estavam vendo sinais de retomada no ritmo de movimentação de carnes na China nos últimos dias, após uma quase paralisação na logística de distribuição dos produtos naquele país.

A China é um dos principais compradores de proteína animal brasileira.

Fonte: Carne Tec/Assessoria Agropecuária

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