Boi gordo: oferta restrita e escalas curtas dão tom altista

De acordo com a consultoria Safras, há espaço para reajustes positivos no mercado da carne bovina, com a abertura gradual de São Paulo

O mercado físico do boi gordo teve uma semana marcada por valorização nos preços. Segundo o analista da Safras Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos encontraram dificuldades na composição de suas escalas de abate e tentaram ajustar a programação antes do feriado da quinta-feira, 11, o que certamente dificultou a conclusão dos negócios.

“No geral as escalas de abate estão encurtadas, posicionadas entre três e quatro dias úteis. O final de safra este ano foi atípico, com oferta curta diante do grande volume de retenção de fêmeas”, diz Iglesias.

Enquanto isso, os agentes do mercado seguem mais otimistas em relação à demanda da carne bovina diante do relaxamento da quarentena em alguns estados. “No entanto os danos causados à economia são severos, e ainda é necessária a avaliação dos dados macroeconômicos do trimestre, com inúmeros pedidos de falência, altas taxas de desemprego e a queda da renda das famílias. Em relação à exportação de carne bovina, a China segue importando volumes substanciais de proteína animal brasileira neste trimestre, criando um relevante ponto de suporte para o mercado doméstico”, completa.

Já no atacado, os preços da carne bovina seguiram firmes. Ainda há algum espaço para reajuste no curto prazo, mesmo que ponderado, com a reabertura gradual do mercado paulista, o principal centro consumidor da proteína do país.

Fechamento da arroba do boi gordo na sexta-feira:

  • São Paulo: R$ 202
  • Uberaba (MG): R$ 198
  • Dourados (MS): R$ 186
  • Goiânia (GO): R$ 195
  • Cuiabá (MT): R$ 175/R$ 176

Fonte: Agência Safras

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