Soja cai pelo 3º dia consecutivo no Brasil

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (26.02) com preços médios da soja caindo pela terceira vez consecutiva sobre rodas nos portos, desta vez de 0,17%, para R$ 78,18/saca. No interior a queda foi mais leve, de 0,08%, para R$ 73,38/saca.

Desta forma, os ganhos da soja no mês de fevereiro foram reduzidos para 1,43% na exportação e 1,56% no mercado interno. “Com o dólar praticamente estável (fechou em levíssima alta de 0,10%) e ausência de prêmios pelo segundo dia consecutivo para a soja brasileira nos portos, o que pesou mesmo nesta terça-feira foi a forte queda de 0,88% das cotações da oleaginosa em Chicago, pressionada pela ausência de negócios concretos por parte da China”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco. 

“Dissemos que o timming da China não é o mesmo dos EUA. Isso vem desapontando o mercado. O que mais chamou atenção foi a paradeira na demanda de soja no Brasil nesta semana (segunda e terça-feira). A China não comprou dos EUA, mas também não comprou do Brasil e não soubemos de compras na Argentina”, ressalta ele.

FUNDAMENTOS

Os mapas climáticos atualizados hoje para a América do Sul reafirmam o padrão de chuvas escassas sobre o Rio Grande do Sul e toda a Argentina, e as chuvas que se intensificam sobre o Centro-Norte do Brasil, aponta a Consultoria AgResource: “Além do mais, o norte do Paraná, todo o estado de São Paulo e toda a região brasileira sojicultora ao norte, irá receber precipitações entre 20-65mm acumulados nos próximos 5 dias”. 

“O cenário traz estabilidade para o fechamento de safra-verão no MATOPIBA e uma ótima manutenção dos níveis de umidade do solo para a safra-inverno, no Centro-Oeste do país. Já na Argentina, as estiagens começam a se tornar um grave problema. Apesar da rodada extra de chuvas neste último fim de semana, apenas 38% da área sojicultora de nossos ‘hermanos’ foram regadas. As demais regiões argentinas já enfrentam algum nível de estresse hídrico”, diz a ARC.

Fonte: Agrolink

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