Simvet/RS reforça alerta sobre casos de raiva herbívora no Rio Grande do Sul

Recomendação da entidade é de que produtores fiquem atentos para marcas de mordida do morcego e comuniquem autoridades em caso de incidência da enfermidade

A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul emitiu na última semana alerta sanitário devido aos casos de raiva herbívora que estão atingindo o Estado nas últimas semanas. Só este ano, conforme dados da pasta, já foram identificados 28 focos da enfermidade em 17 municípios gaúchos, enquanto em todo o período de 2018 o registro foi de 34 focos em 24 municípios. O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) também reforça a atenção para o problema.

Conforme o diretor da entidade, João Junior, o primeiro procedimento é que todos os produtores façam novamente a vacinação do rebanho e mantenham a vacinação anual. Além disso, proprietários de animais domésticos também devem deixar a vacinação em dia. “Caso contraída a doença não existe tratamento. Neste caso a comunicação é obrigatória e é preciso informar a Inspetoria Veterinária sobre a sintomatologia. Eles, com profissionais treinados, removem o material necessário para testes laboratoriais para confirmar a doença”, destaca. 

Segundo o dirigente, confirmada a doença, a Secretaria da Agricultura precisa fazer o zoneamento para descobrir as furnas e locais abandonados e, após, realizar a captura dos morcegos. “Importante lembrar que os morcegos não podem ser abatidos porque se trata de crime ambiental. Além de ser perigoso, alertamos aos produtores que é crime. Só os morcegos hematófagos transmitem a raiva, mas os animais também podem transmitir a doença por meio da mordida ou manuseio do sistema nervoso”, observa o diretor do Simvet/RS.

A raiva herbívora é uma doença infecciosa, altamente contagiosa e fatal caracterizada por manifestação de natureza nervosa, causada por um Rabdovirus que acomete elevado número de espécies animais, incluindo o ser humano. Entretanto não há registros há mais de 37 anos de casos de raiva em humanos no Rio Grande do Sul.

Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

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