Senar-RS dá início a três novas turmas de qualificação dentro do programa Deriva Zero

Capacitações em Santiago, Lavras do Sul e Rosário do Sul estão adequadas à nova Instrução Normativa Seapdr
Rosário do Sul, Santiago e Lavras do Sul/RS

O Senar-RS dá início a três novas turmas de qualificação do programa Deriva Zero. Com carga horária de 20 horas divididas em três módulos, as ações ocorrem em Rosário do Sul, Santiago e Lavras do Sul.

Em Rosário do Sul e Santiago, as atividades tiveram início no dia 29 de julho e, em Lavras do Sul, começam em 5 de agosto. O primeiro módulo, de oito horas, prevê consultoria técnica em grupo. O segundo, trata de uma visita técnica individual, também de oito horas. No último módulo, há nova visita técnica individual, desta vez de quatro horas.

O Deriva Zero é voltado a produtores rurais de segmentos que utilizam defensivos agrícolas ao longo do desenvolvimento de suas lavouras e a trabalhadores envolvidos na aplicação de defensivos. Na qualificação iniciada nesses três municípios, a abordagem teórica e prática envolve atualização em tecnologia de aplicação, uso correto e seguro de agrotóxicos, transporte, armazenamento e preparo dos produtos, legislação (procedimentos preconizados na NR 31.8 quanto ao uso dos agrotóxicos), rotulagem e sinalização de segurança, formas de exposição direta e indireta, sinais e sintomas de intoxicação, primeiros socorros, equipamentos de proteção individual, equipamentos de pulverização, regulagem e calibração de equipamentos e controle de deriva, entre outros temas.

A qualificação oferecida pelo Senar-RS atende à nova Instrução Normativa Seapdr n° 06/2019, que estabelece o cadastro de aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais do grupo das auxinas incluindo o princípio ativo do 2, 4-D, regulamenta sua aplicação e dá outras providências.  O Senar-RS faz parte do Grupo de Trabalho, junto à secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, para tratar das questões relativas à utilização do agrotóxico 2,4-D no Estado e já oferece programas para reduzir  a deriva, que  ocorre quando partículas de agrotóxico são dispersadas pelo vento ou através da evaporação e atingem áreas fora do alvo da aplicação.

Sobre as novas normas
As novas normas publicadas pela Seapdr estabelecem a criação de um Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos. Para se cadastrar, os produtores devem ter qualificação para a aplicação de agrotóxicos hormonais de forma segura, evitando assim problemas, como o que foi observado com o uso de produto 2,4-D em 24 municípios do Rio Grande do Sul. Os municípios abrangidos são Alpestre, Bagé, Cacique Doble, Candiota, Dom Pedrito, Encruzilhada do Sul, Ipê, Jaguari, Jari, Lavras do Sul, Maçambará, Mata, Monte Alegre dos Campos, Piratini, Rosário do Sul, Santiago, São Borja, São João do Polêsine, São Lourenço do Sul, Santana do Livramento, Silveira Martins, Sobradinho, e  Vacaria e Hulha Negra.

A instrução normativa institui que a nova regra valerá inicialmente para estes 23 24 municípios, mas, a partir de junho de 2020, todos os aplicadores de agrotóxicos hormonais do Rio Grande do Sul terão de ser certificados. Para estar apto a receber a certificação, é necessário que a qualificação tenha ocorrido nos últimos cinco anos e que tenha tido carga horária mínima de 16 horas.

O que é a deriva?
A deriva é um problema que causa prejuízos ao próprio produtor, a produtores vizinhos, que podem ter seus cultivos danificados pela ação indevida destes produtos químicos, e ao ambiente. No entanto, de acordo com o coordenador de Programas Especiais do Senar-RS, Alexandre Prado, o problema não está no produto em si, mas na falta de conhecimento dos aplicadores, já que a pulverização pode ser afetada por uma série de fatores como o vento, a temperatura, a escolha das pontas de pulverização, entre outros fatores que determinam o resultado da aplicação.
Fonte: Senar/RS 

Foto: Página Rural

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