Registro de mais 63 agroquímicos é liberado pelo Governo; 7 deles são produtos novos

Entre os destaques está a molécula com o ingrediente ativo fluopriram, que poderá ser usado para combater nematoides nas culturas de batata, café, cana, milho e soja e fungos nas culturas de algodão, feijão, e soja.

O governo liberou o registro de mais 63 agroquímicos nesta terça-feira, 17. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). DO total, 56 produtos são genéricos, ou seja, com base em ingredientes ativos que já estavam presentes no mercado e perderam a validade da patente. Outros sete são registros de novos agrotóxicos.

Entre os novos produtos, está o produto para uso industrial e o formulado (pronto para uso na lavoura) à base do ingrediente ativo Fluopriram, que poderá ser usado para combater nematoides nas culturas de batata, café, cana, milho e soja e fungos nas culturas de algodão, feijão, e soja. O produto é uma molécula com atividades fungicida e nematicida altamente eficaz e estava há 10 anos na fila esperando a análise do pleito de registro.

“É uma nova opção para o controle de nematoides, que são pragas muitas vezes invisíveis, mas que podem causar grandes danos à agricultura, além de ser um produto menos tóxico do que os já existentes no mercado”, explica o coordenador de agrotóxicos e afins do Ministério da Agricultura, Carlos Venâncio.

Outro registro novo é o de um clone do herbicida florpirauxifen-benzil, que pode ser utilizado para o controle de plantas daninhas na cultura do arroz. O ingrediente ativo ganhou o prêmio de química verde em 2018. “É uma nova alternativa altamente eficiente para plantas daninhas de difícil controle e de menor toxicidade do que os disponíveis hoje no mercado”, diz a pasta.

Também foi registrado o produto técnico para uso industrial à base do ingrediente ativo dinotefuram, que futuramente poderá ser usado nas lavouras para combate a insetos sugadores, como percevejos e mosca branca. Os produtos formulados a base deste ingrediente ativo terão restrições quanto à dose máxima permitida e proibição de uso no período de floração dos cultivos.

Outro registro publicado é o de produtos formulados à base de sulfoxaflor e lambda-cialotrina. Neste caso, foi liberado o registro de um produto e de outros dois idênticos com esses ingredientes ativos. O defensivo é destinado ao controle de percevejo nas culturas de soja, milho e arroz.

“O uso desse defensivo deverá seguir as orientações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para minimizar o risco para as abelhas, como a restrição de aplicação em períodos de floração das culturas, o estabelecimento de dosagens máximas do produto e de distâncias mínimas de aplicação”, afirmou o Ministério da Agricultura.

Acumulado do ano

Com a publicação desta terça, chega a 325 o número de registros liberados em 2019. O que justifica o alto volume é que nos últimos anos, diversas medidas para retirar a burocracia foram adotadas para que a fila de registros de defensivos andasse mais rápido no Brasil. Tanto no Ministério da Agricultura, como no Ibama, e na Anvisa, os setores responsáveis pela análise de registros de defensivos foram reorganizados e tiveram servidores realocados, o que ocasionou um aumento de produtividade e o registro de produtos menos tóxicos.

“O objetivo é aprovar novas moléculas, menos tóxicas e mais ambientalmente corretas, e assim substituir os produtos antigos, além da liberação de produtos genéricos.”

Fonte: Canal Rural

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