Painel discute tendências e cenários do mercado do agronegócio

Em evento promovido pela FecoAgro/RS, consultor abordou principais oportunidades e quais os caminhos para as cooperativas no mercado global

O cenário econômico atual e a relação com o setor agropecuário foi o tema discutido na manhã desta terça-feira, 20 de agosto, da segunda edição do Fórum de Mercados e Tendências, o Agronegócio e o Cooperativismo. O evento, realizado no Hotel Weiand, em Lajeado (RS), foi promovido pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), e apoio do sistema Ocergs-Sescoop/RS. No total, participaram do encontro 90 integrantes de 33 cooperativas agropecuárias.

Na introdução dos trabalhos, o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, destacou a importância de debater este assunto frente aos cenários globais atuais. Também presente, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius, falou sobre números relacionados ao cooperativismo no Estado.

Palestrante do dia, o sócio-consultor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, apresentou os cenários de mercado, especialmente sobre os impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China e o caso de Peste Suína no país asiático. Para o especialista, estes dois eventos estão abrindo uma mudança muito forte na forma que o mercado agrícola vai se reorganizar. “Se estas duas potências econômicas, por razões que não são agrícolas, não se entenderem, sobrará para nós cumprir parte dessa demanda”, destacou.

Uma das oportunidades relatadas por Mendonça de Barros se dará na questão da proteína animal. Com o problema enfrentado pelos chineses com a Peste Suína, o especialista avaliou que os preços das carnes e lácteos irão subir em 2020, com a estimativa da redução do rebanho do país asiático. “Os números não são oficiais porque não se divulga essa informação nem aos produtores chineses, que não sabem o tamanho do problema”, ressaltou.

O consultor da MB Agro reforçou também que a China tem uma decisão pela frente do que fazer para recompor o rebanho, se vai recuperar integralmente e voltar a ser o maior produtor de carne do mundo, ainda que com todos os riscos sanitários, ou se vai para um plano misto e abrir o mercado. 

Foto: Andréia Odriozola/AgroEffective/Divulgação
Texto: Nestor Tipa Júnior e Andréia Odriozola/AgroEffective

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